A mãe do suspeito morto na tentativa de assalto em posto de gasolina no Méier foi amparada por policiais após passar mal ao ver o corpo do filho, Claudeci Figueira VieiraSeverino Silva/Agência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 16/04/2018 07:18 | Atualizado 16/04/2018 10:53

Rio - Um bandido morreu e um PM ficou ferido em tiroteio durante tentativa de assalto a um posto de gasolina na Rua 24 de Maio, no Méier, em frente à estação de trem Silva Freire. O caso aconteceu às 4h40 desta segunda-feira, quando Claudeci Figueira Vieira, de 25 anos, tentou roubar o estabelecimento. De acordo com testemunhas, ele chegou a pé e três comparsas davam cobertura.

O cabo PM Lima, da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Andaraí, abastecia o carro quando presenciou a ação e reagiu. Na troca de tiros, ele foi baleado no braço e o bandido, morreu. Um carro Palio de um funcionário do posto que estava estacionado ficou crivado de balas. No estabelecimento também há várias marcas de tiros. Socorrido para o Hospital Salgado Filho, no Méier, o policial foi medicado, recebeu alta e foi para a DH prestar depoimento.

Arma usada pelo assaltante foi apreendidaWhatsApp O Dia

"Foi uma correria desesperadora. Era o mundo se acabando", disse um frentista, que não quis se identificar. Segundo moradores, o posto é alvo constante de assaltos. "Isso aqui é escola pra bandido. Tem assalto a qualquer hora", contou um morador que, por medo, não quis dar o nome.

Familiares de Claudeci estiveram no posto. "A família já tinha pedido a ele para sair dessa vida", disse um parente, que preferiu não se identificar. Muito abalada, a mãe do suspeito precisou ser amparada por policiais que estavam no local. Chorando muito, ela disse que, "sempre foi uma boa mãe e que pedia para ele deixar essa vida".

A Delegacia de Homicídios esteve no local e está em busca de imagens de câmeras de segurança que registraram a ação.

Taxista na região do Méier, Iran Matheus, de 50 anos, conta que já foi assaltado várias vezes no entorno da rua 24 de maio. "Fui roubado muitas vezes e de todas as formas possíveis. A situação está complicada nessa cidade. Infelizmente, ninguém faz nada. O negócio é pegar com Deus e seguir, já que precisamos trabalhar", diz.

O taxista Daniel Assis, 30, também fez críticas à segurança na região. Mesmo com o apoio do Méier Presente, ele conta que os crimes não diminuíram. "Os bandidos não se intimidam. Enquanto a polícia patrulha de um lado, eles assaltam do outro. Hoje, viver e trabalhar no Méier está horrível. Trabalho em frente a este posto e depois das 22h é complicadíssimo ficar aqui, não tem policiamento. De dois anos pra cá, o Méier virou terra de ninguém. São muitos assaltos. Trabalhar aqui é tensão total. O batalhão da área tem que tomar uma providência", pediu.

 

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