Marcelo Freixo se defendeu depois de virar assunto e ganhar apelidos na internetEstefan Radovicz
Por O Dia

Rio - A Secretaria de Segurança determinou que quatro policiais civis façam a escolta do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol). A decisão foi tomada em uma reunião, nesta segunda-feira, após o secretário Richard Nunes retirar quatro policiais militares do gabinete do parlamentar. Os PMs estavam na lista dos 87 militares que estavam emprestados à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).

Freixo é ameaçado de morte há dez anos por ter presidido a CPI das Milícias. O trabalho resultou no indiciamento de mais de 200 pessoas e prisão de líderes milicianos, o que lhe rende ameaças até hoje. "A CPI das Milícias não foi brincadeira, não acabou em pizza. O que fizeram com a Marielle mostra que é muito sério o que estamos vivendo no Rio de Janeiro. O relatório da CPI é atual, as recomendações não foram seguidas", afirmou o deputado. Freixo tem também seguranças de outras origens que não a PM. 

O parlamentar também criticou as declarações do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que afirmou à CBN que a principal linha de investigação é que os assassinatos de Marielle e Anderson tenham sido cometidos por milicianos. "Não cabe ao ministro falar sobre as linhas de investigação. Cabe aos delegados. Tenho muito respeito pelo trabalho da Polícia Civil, dos delegados. São eles que devem se pronunciarem quando entenderem que pode. Acho que isso (declaração do ministro) pode atrapalhar o trabalho da polícia", disse Freixo.

 

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