Publicado 19/04/2018 03:00
Rio - Três dias após uma carga de mais de mil celulares de última geração ter sido roubada no Aeroporto Internacional do Galeão, nenhuma operação policial foi realizada para recuperar os aparelhos. As polícias Civil e Militar se mantiveram inertes mesmo sabendo que o material, avaliado em um milhão de dólares (R$ 3,4 milhões), foi levado para a Favela Nova Holanda, localizada ao lado do 22º BPM (Maré).
Segundo o Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviário e Logística (Sindicarga), os aparelhos têm rastreadores, que permitiram constatar a localização. O diretor de Segurança do Sindicarga, coronel Venâncio Moura, contou que três bandidos entraram facilmente no Terminal de Cargas do Galeão, por volta das 21h30 de domingo, e roubaram a primeira remessa de celulares Samsung Galaxy S9 enviada ao Rio. O modelo é recém-lançado no Brasil.
Os assaltantes chegaram em um caminhão vestindo roupas parecidas com as dos empregados do terminal, de boné e estavam armados com pistolas. Eles renderam funcionários no armazém da companhia Gol, fizeram ameaças e trancaram todos em uma sala. A ação foi filmada pelo circuito interno.
"Já foram na certa, estavam com informação privilegiada. A Delegacia de Roubos e Furtos de Carga (DRFC) está investigando a possível participação de algum funcionário do terminal de cargas", disse Moura. Os assaltantes também levaram TVs de LED, medicamentos e câmeras GoPro.
O coronel denunciou que o 22º BPM e a DRFC não recuperaram os celulares porque os blindados estão quebrados. "A polícia não teve estrutura para entrar no local", disse. O proprietário da carga decidiu trazer os aparelhos de avião, do Espírito Santo, temendo o aumento de assaltos nas estradas. Na semana passada, um caminhão que saía do terminal transportando aparelhos da Apple, num total de R$ 2 milhões, também foi roubado. "Já se sabe que o da Apple foi para a Nova Holanda. O caminhão ainda está lá."
A PM argumentou que foi informada sobre a localização da carga na noite de segunda-feira e, como o crime ocorreu no dia anterior, avaliou que não era emergência. "Este tipo de ação noturna demanda planejamento prévio que considere a segurança de moradores e policiais e os protocolos estabelecidos em decisão da 6ª Vara de Fazenda Pública de Comarca da Capital", explicou. A Polícia Civil não se pronunciou. A Gol e o Galeão afirmaram que colaboram com as investigações.
Anúncios suspeitos na internet
Pelo menos 23 aparelhos Samsung Galaxy S9 foram anunciados em sites e redes sociais desde o dia seguinte ao roubo por usuários do Rio, embora o modelo não tenha sido lançado no estado. Alguns internautas anunciam o smartphone de última geração, lacrado, por preços em torno de R$ 3 mil, ou seja, inferior ao encontrado em sites de grandes lojas, que variam de R$ 3,8 mil a R$ 4,3 mil.
Isso pode indicara que os produtos roubados no Aeroporto do Galeão estejam sendo vendidos no mercado informal. Há ainda a possibilidade de os smartphones à venda na plataforma terem sido comprados fora do Rio. Questionada, a Polícia Civil não respondeu sobre o assunto.
19/04/2018 - Violência cresce no bairro da Tijuca mesmo com a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Na imagem, vista panorâmica da Praça Saens Peña e Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, locais onde há grande incidência de casos..Foto de Alexandre Brum / Agência O Dia - CIDADE POLICIA INTERVEÇÃO FEDERAL MILITAR RIO DE JANEIRO CIDADE PM MILITAR EXÉRCITO AERON?.UTICA MARINHA CML SEGURANÇA PÚBLICA.Alexandre Brum / Agencia O Dia
Criminoso no terminal de cargas do GaleãoReprodução de vídeo
O roubo da carga de R$ 3,4 milhões em aparelhos no Aeroporto Internacional do Galeão neste domingo (15) não foi o único grande roubo de celulares recente no Rio. Há uma semana, bandidos assaltaram uma carga de iPhones na Avenida Brigadeiro Trompowski, na Zona Norte do Rio, região próxima do aeroporto. O valor da carga roubada, segundo a Polícia Civil, é de R$ 2,6 milhões. No total, os produtos roubados somam R$ 6 milhões. Foto - Reprodução / TV GloboReprodução / TV Globo
2018-04-19 - Violência cresce no bairro da Tijuca mesmo com a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Na imagem, vista panorâmica da Praça Saens Peña e Rua Conde de Bonfim, na Tijuca, locais onde há grande incidência de casos..Foto de Alexandre Brum / Agência O Dia - CIDADE POLICIA INTERVEÇÃO FEDERAL MILITAR RIO DE JANEIRO CIDADE PM MILITAR EXÉRCITO AERON?.UTICA MARINHA CML SEGURANÇA PÚBLICA.Alexandre Brum / Agencia O Dia
19/04/2018 - Violência cresce no bairro da Tijuca mesmo com a intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. Na imagem, Jackson Franklin (camisa verde), síndico de um edifício no bairro, reclama do aumento de casos de violência na região e afirma que aumentou consideravelmente o número de câmeras no prédio..Foto de Alexandre Brum / Agência O Dia - CIDADE POLICIA INTERVEÇÃO FEDERAL MILITAR RIO DE JANEIRO CIDADE PM MILITAR EXÉRCITO AERON?.UTICA MARINHA CML SEGURANÇA PÚBLICA.Alexandre Brum / Agencia O Dia
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