Presos acusados de pertencer à milícia em Santa CruzWhatsApp O DIA (98762-8248)
Por O Dia
Publicado 18/04/2018 21:02 | Atualizado 19/04/2018 06:43

Rio - Um documento entregue pela Polícia Civil à desembargadora Giselda Leitão, responsável por avaliar os pedidos de habeas corpus dos 159 presos na operação de combate à milícia na semana passada, mostra que 139 deles não eram alvo de qualquer investigação. No mesmo relatório consta a informação de que contra eles não há inquéritos policiais em andamento e de que não há, até hoje, registros de anotações policiais a respeito de participação em grupo criminoso, “especialmente em milícia, ou correlatas.”

A informação já foi encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pela Defensoria Pública, que aguarda decisão da corte sobre Habeas Corpus impetrado em favor de um dos presos. Outro pedido de liberdade foi apresentado ao juiz da 2ª vara criminal de Santa Cruz em nome dos 40 presos representados pela instituição. Todos são primários, como o artista Pablo Dias Bessa Martins, que integra uma companhia de circo na Suécia. 

Os 159 presos foram detidos durante a Operação Medusa, considerada a maior ação voltada para o combate às milícias no Rio de Janeiro. A abordagem aos criminosos ocorreu em um sítio onde milicianos participavam de um pagode. Cerca de 40 policiais civis que atuaram na operação foram recebidos a tiros por seguranças de Wellington da Silva Braga, o Ecko, apontado como chefe da milícia. Ele estava no local, mas conseguiu fugir. No confronto, quatro seguranças da organização criminosa morreram. Nenhum policial foi ferido. 

Na ocasião, o secretário de Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, considerou a ação um sucesso e comentou que outras ações de combate à milícia serão realizadas. “A sociedade pode confiar na intervenção federal. Outras operações já estão sendo planejadas e serão executados em curto prazo. O Rio precisa voltar a ser uma terra feliz, de um povo feliz, trabalhador”, afirmou Nunes.

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