Rio - A Polícia Civil apura ainda três linhas de investigação para o assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes. Em duas delas, o vereador Marcello Siciliano (PHS) aparece como investigado. O parlamentar nega envolvimento no crime.
A testemunha que delatou o vereador e o ex-PM Orlando Curicica e está sob proteção policial forneceu uma lista com cerca de 15 nomes, sendo a maioria apelidos, de pessoas que ele supõe que poderiam ter participação no crime. De acordo com investigadores ouvidos pelo DIA, em nenhum momento ele aponta quem estaria dentro do veículo Cobalt prata utilizado pelos assassinos. Além disso, não forneceu nomes de PMs da ativa.
Os policiais fazem levantamento de suspeitos, com base nesses vulgos fornecidos pela testemunha. Um deles é Thiago Macaco. De acordo com o RJTV ontem, um homem com esse apelido foi detido, mas liberado em seguida. Ele se queixou de ter sido colocado somente de roupas íntimas em uma cela.
Ontem, o ministro Extraordinário da Segurança, Raul Jungmann, confirmou que uma das linhas de investigação envolve o vereador e Orlando Araújo, que está preso preventivamente por participação em um crime de 2015. "O que eu posso dizer é que estes e outros todos são investigados (sic). Eu acredito que, em breve, vamos ter resultados".
Orlando, que é apontado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas como chefe de milícia, negou sua participação no crime, em carta divulgada ontem, pelo DIA. Ele foi transferido de Bangu 9 para Bangu 1, de segurança máxima. Há a suspeita, segundo a investigação, que ele tenha dado a ordem para matar Marielle através de um celular ou de visitas de outros presos.
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