Em carta, Orlando de Curicica também negou participação nas mortesreprodução
Por O Dia
Publicado 16/05/2018 19:30

Rio - O ex-PM Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando de Curicica, será transferido para um presídio federal. O Tribunal de Justiça do Rio negou, na noite desta quarta-feira, liminar da defesa de Orlando, que pedia sua permanência no Rio. Ele deve ser enviado para Mossoró, no Rio Grande do Norte. Mais cedo, o ex-policial prestou depoimento na Delegacia de Homicídios (DH), sobre o inquérito que investiga sua suposta participação na morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e o motorista Anderson Pedro Gomes, no dia 14 de março, no Estácio.

O delegado Luiz Otávio tomou o depoimento de Orlando, na presença do advogado Pablo Andrade. "As perguntas foram no sentido se ele tinha alguma relação com o vereador Marcello Siciliano. Ele mostrou estar indignado com toda a situação", contou Andrade. 

Andrade alega que Orlando Curicica ficará mais longe da família e sem ter um contato mais próximo com seus advogados. O outro advogado de defesa, Renato Darlan, já tinha informado que Orlando Curicica havia sofrido uma tentativa de envenenamento no presídio de segurança máxima Bangu 9, além de ter sido ameaçado por outros internos. “A partir daí, ele só fazia refeições trazidas pela família diariamente, o que era permitido”, informou Darlan.

De lá, Curicica foi transferido para o presídio de segurança máxima Bangu 1, também no Complexo de Gericinó, onde está atualmente, “mas, nessa cadeia, o preso não pode receber comida de fora, apenas a que é servida pelo Estado”, informou a defesa.

Pedido de transferência

O MP alegou, em seu pedido, que a transferência “é de grande relevância para o interesse da segurança pública, visando a inibir a atuação do preso e coibir eventuais associações criminosas, bem como quaisquer outras práticas que atentem contra o Estado e a população”.

De acordo com a Justiça, Curicica é apontado como principal líder do grupo criminoso conhecido como Milícia de Jacarepaguá. O ex-PM é acusado da morte do ex-presidente da escola de samba Parque Curicica, Wagner Raphael de Souza, em 2015. O carro da vítima foi atingido por 12 tiros. Orlando Curicica também é acusado de comandar a milícia na Curicica e no Camorim, na Zona Oeste.

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