Rio - O juiz Eduardo Marques Hablitschek, da 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, acolheu pedido do Ministério Público e revogou, nesta quinta-feira, a prisão preventiva de mais 10 dos 159 detidos numa operação policial de combate à milícia que age na região. Como outros 137 homens foram colocados em liberdade provisória no dia 25 de abril, 12 continuam na prisão.
Em sua decisão, o juiz destacou que entende que "há indícios fortes da ocorrência de condutas criminosas no local da prisão dos envolvidos". No entanto, segundo magistrado, "cabe ao Ministério Público o pronunciamento sobre o início da eventual ação penal que atribua a cada um dos investigados a responsabilidade criminal devida".
“Como já me manifestei nos autos, a lei brasileira não confere um salvo conduto a quem é primário e ostenta bons antecedentes. No entanto, o próprio Ministério Público, titular da ação penal, não vislumbrou a necessidade da custódia cautelar dos indiciados”, escreveu.
Dos 10 homens colocados em liberdade provisória, seis terão que pagar uma fiança no valor de um salário mínimo.
Os 159 homens foram presos num sítio durante uma festa que, segundo a polícia, era realizada em homenagem a Wellington da Silva Braga, o Ecko. Investigado por integrar organização criminosa armada com atuação na prática de milícia privada na Zona Oeste, ele conseguiu fugir. Durante a operação, quatro homens armados com fuzis foram mortos após troca de tiros com a polícia.
No local houve a apreensão de 24 armas de fogo, dentre elas fuzis, pistolas, revólveres, granada, 76 carregadores, 1.265 munições de calibres variados, coletes balísticos, fardamentos e toucas ninjas. Também foram apreendidos 11 veículos.