Rio - Um pastor evangélico foi acusado de estuprar e manter em cárcere privado, por quatro dias, uma jovem de 23 anos, que ele tinha conhecido pela internet. Segundo a 71ª DP (Itaboraí), a mulher, que é moradora do interior do Maranhão, na Região Nordeste, conseguiu avisar um parente sobre a situação pelo celular, que acionou a polícia.
O homem, de 50 anos, e a jovem começaram a conversar pelo Facebook no início deste ano. De acordo com o delegado Vilson de Almeida, titular da 71ª DP, ela pediu para o pastor ir até o Maranhão para um encontro. No entanto, ele insistiu para que ela viesse ao Rio de Janeiro e arcou com o valor das passagens aéreas.
"Ele a buscou no Aeroporto Internacional do Galeão e a levou para a favela da Reta, em Itaboraí. Assim que chegou na residência, ela disse que queria dormir, pois tinha feito dois dias de viagem, já que antes de chegar no aeroporto no Maranhão, viajou de ônibus. Ele, então, começou com o sexo forçado", explicou o delegado.
Após ser mantida quatro dias sem poder sair da residência e sofrendo abusos, a jovem conseguiu pegar o celular e avisar a irmã que mora em São Paulo. A parente avisou a uma prima que foi na delegacia.
"Ela chegou na madrugada de domingo relatando o crime. Junto com a Polícia Militar fomos até a favela. No local, traficantes souberam do motivo da operação e mandaram o pastor ir até a delegacia. Ele negou as acusações", afirmou Almeida.
O delegado alerta para encontros marcados pela internet. "As pessoas devem evitar marcar encontros com pessoas desconhecidas. Mas, se for necessário, que o encontro seja em um local público".
De acordo com Vilson de Almeida, caso seja condenado, o pastor pode pegar uma pena de até 13 anos de prisão pelos crimes cometidos.
A jovem do Maranhão passou por exames e está na casa de um parente no Rio de Janeiro. Ela deve voltar na próxima semana para o seu estado e reencontrar a filha, de 1 ano e 6 meses.