Rio - Em 19 dias, três caixas eletrônicos foram explodidos em Laranjeiras. O último ocorreu na madrugada de ontem, em uma agência do Banco do Brasil. Os casos foram remetidos para a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), que oficialmente não fala sobre os casos para não atrapalhar as investigações. mas, investigadores acreditam que os criminosos sejam os mesmos em todos os casos. Isso porque, o explosivo usado é do mesmo tipo, os horários das explosões e a forma de agir foram os mesmos.
"São quatro homens, que chegam armados, fazem a explosão e fogem atirando para o alto. Espalham miguelitos (pinos de ferro) para dificultar a perseguição policial", explicou um agente. A especializada não descarta que policiais estejam ajudando com informações sobre horários viaturas.
A explosão de ontem, na Rua das Laranjeiras, levou mais uma vez pânico aos moradores. "Acordei no susto. Foi muito alto", conta a universitária Luiza Morato, 24 anos. "Fiquei um tempo deitada para ver se ia ter mais algum barulho e como não ouvi mais nada, levantei. Fui no quarto da minha irmã para ver se ela tinha ouvido também. Na hora pensamos 'explodiram de novo algum banco'", acrescenta.
PROJÉTIL NO TERCEIRO ANDAR
No dia 6, caixas do Bradesco da esquina das ruas das Laranjeiras com a General Glicério foi alvo de bandidos. Criminosos deram uma rajada de tiros para o alto na fuga. Um apartamento do terceiro andar de um edifício localizado em frente ao banco foi atingido por um tiro disparado pelos ladrões. Pouco mais de uma semana depois, no dia 14, o mesmo Bradesco foi alvo novamente de assaltantes, que voltaram a explodir a agência. O banco ainda estava com tapumes em sua fachada por causa da primeira explosão.
O número elevado de caixas eletrônicos explodidos este mês na área do 2ºBPM (Botafogo) indica uma elevação no tipo do crime que estava diminuindo na região. Nos quatro primeiros meses deste ano foram três explosões de caixas bancários, contra o dobro no mesmo período do ano anterior.
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