Crivella garantiu 40% dos ônibus nas ruas nesta segunda-feiraRodrigo Teixeira/Agência O DIa
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Publicado 27/05/2018 22:30 | Atualizado 28/05/2018 12:17

Rio - Vários serviços deixarão de ser prestados nesta segunda-feira no Rio, devido à paralisação dos caminhoneiros que hoje completa oito dias. Por conta da dificuldade de circulação de ônibus e do BRT, escolas e creches municipais, universidades públicas e particulares e alguns hospitais suspenderam aulas e o atendimento. O TJ, o MP e Defensoria atenderão por meio de plantão. O TRE e o TRT do Rio suspenderam o funcionamento. O governo do estado, no entanto, manteve as atividades normais, inclusive de escolas e hospitais.

Com a falta de combustível para transporte público, o prefeito Marcelo Crivella determinou recesso nas escolas e creches municipais tem mais de 40 mil profissionais e servem um milhão de merendas por dia. A Prefeitura de Nova Iguaçu suspendeu as aulas por conta da dificuldade de professores e pessoal de apoio de chegarem ao trabalho. Somente, no Município do Rio, 650 mil crianças ficarão sem aula nesta segunda-feira.

"Nas escolas teremos recesso (hoje) e amanhã (terça-feira) à tarde nova avaliação (será feita) do que teremos para que na terça tenhamos aulas normal", disse Crivella, que garantiu que não haverá interrupção na coleta do lixo pela Comlurb. "O Rio não parou e não vai parar", ressaltou.

O governador Pezão garantiu que o estado não terá ponto facultativo e que as escolas e serviços de Saúde vão funcionar normalmente. Ele participou de reunião com o interventor federal, general Braga Netto, e o secretário de Segurança, general Richard Nunes, no Centro Integrado de Monitoramento e Controle para tratar do funcionamento dos órgãos públicos.

"Sem ponto facultativo. As escolas estaduais vão funcionar", destacou Pezão, que garantiu aula e merenda para quem se deslocar às unidade. O governador também manteve pleno fornecimento de água pela Cedae.

Universidades sem aula

Quatro universidades públicas decidiram cancelar as aulas. Segundo a Uerj, a escassez de combustíveis provocou a suspensão, exceto de atividades essenciais. Já a UFRJ informou que as aulas da graduação e pós-graduação foram suspensas. A UFF divulgou que há impacto direto na mobilidade urbana e segurança. A Universidade Rural do Rio informou a suspensão das atividades nesta segunda-feira".

Na área da Saúde, o Hospital Hospital da Posse suspendeu as cirurgias eletivas para manter o atendimento na emergência e dos pacientes internados. Houve remanejamento de funcionários para que os plantões estejam com o quadro completo. Não há falta de insumos ou medicamentos, mas a situação pode agravar a partir de amanhã. A Maternidade Mariana Bulhões pode ter problemas a partir de amanhã.

Correção: Ao contrário do que O DIA informou anteriormente, o Restaurante Popular Cidadão Jorge Amado, em Niterói, funcionará normalmente nesta segunda-feira. 

Cidade fica sem movimento e feiras continuam com preços altos
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Prefeito garante 40% de ônibus hoje nas ruas do Rio
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Pezão cobra reciprocidade de grevistas
O governador Luiz Fernando Pezão cobrou ontem 'reciprocidade' dos caminhoneiros que estão parados há oito dias e provocando desabastecimento de combustíveis, alimentos, remédios e outros itens no estado.
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"Faço também um apelo a todo o movimento. Fomos o primeiro Estado a atender as revindicações. Baixamos em quatro pontos percentuais o ICMS e isso já está com a Alerj. Atendemos o pedido de mudança de frete. Esperamos essa reciprocidade. Que eles saiam dos piquetes", conclamou o governador, referindo-se às reivindicações atendidas pelo Estado do Rio.
Os caminhoneiros que participam da paralisação em estradas do Rio estão dispostos a se desmobilizar, informou ontem uma das lideranças do movimento no estado, Francisco Silva. Ele lembrou que a categoria já conseguiu os dois compromissos que buscou com o governo: a redução do ICMS sobre o diesel, de 16% para 12%, e a mudança do recolhimento do imposto, que irá desonerar as transportadoras.
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