O Colégio Marista São José (foto acima) realiza atividades relacionadas ao Mundial com as crianças. Pela cidade, bares como o da foto ao lado, na Cobal do Humaitá, exibiram a partida de abertura ontem -  Maíra Coelho / Agência O Dia.
O Colégio Marista São José (foto acima) realiza atividades relacionadas ao Mundial com as crianças. Pela cidade, bares como o da foto ao lado, na Cobal do Humaitá, exibiram a partida de abertura ontem Maíra Coelho / Agência O Dia.
Por O Dia

Rio - Copa do Mundo também é sinônimo de cultura. Um dos maiores torneios esportivos do planeta que teve sua abertura nesta quinta-feira, na Rússia, foi além do futebol e da festa nas escolas do Rio. Diversas instituições públicas e particulares aproveitam os ideais de união de povos, costumes e culturas de outros países para levar aos alunos conhecimento.

No colégio Mopi, na Tijuca, estudantes do Ensino Médio fizeram uma conferência online com uma professora russa para entender mais sobre a nação sede da Copa. "Foi uma troca produtiva em que eles falaram inglês e puderam ultrapassar barreiras de países distantes, tanto geograficamente como culturalmente", afirmou o coordenador pedagógico Luiz Rafael.

A aluna de 17 anos Maria Eduarda Assis contou o que ela achou mais interessante no bate-papo. "As músicas típicas dos russos parecem com o nosso MPB! E eles também comem strogonoff. Nos sentimos mais próximos da Copa".

Para Janaína Viveiros, diretora da Escola Municipal Genival Pereira de Albuquerque, na Maré, o torneio mundial ajuda a trabalhar os valores de respeito às diferenças. "Fizemos uma mini Copa dentro da Maré, envolvendo nove colégios e alunos de 7 à 16 anos. Conseguimos dar a oportunidade de uma vivência esportiva para essas crianças que elas não têm em um dia a dia tão difícil e violento", ponderou.

Os alunos também confeccionaram bandeiras de diferentes povos e estudaram sobre os hábitos e idiomas. Outros projetos de escolas públicas foram um Arraiá da Copa, com produções de estudantes sobre os países que já ganharam ou sediaram o Mundial, e uma Feira das Nações, com conhecimentos sobre diferentes territórios.

No colégio Marista São José, na Tijuca, as atividades relacionadas ao Mundial também envolveram os pequenos. Segundo Tânia Danello, coordenadora da educação infantil do Marista, os alunos até 5 anos estão aprendendo sobre costumes da Rússia, como alimentação, as brincadeiras das crianças russas, além de espaço geográfico e clima.

"A ideia é entender a diversidade cultural e ampliar o conhecimento desde pequeno", explicou. Como brincadeira, eles também construíram o mascote da Copa, o lobo siberiano Zabivaka, com sucata.

Para incentivar os jogadores da Seleção, os estudantes de 6 anos do Colégio PH encaminharam uma mensagem à CBF. As crianças ainda elaboraram uma releitura do quadro 'Futebol', de Candido Portinari.

"Na Rússia faz muito frio porque fica perto do Polo Norte, onde mora o Papai Noel", disse a aluna do Marista Julia Fernandes, de apenas 4 anos. "O Brasil vai ganhar a Copa porque é o melhor país", terminou a pequena, mostrando que aprendeu mesmo sobre o torneio esportivo.

Boulevard vira o 'point' do almoço
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Mesmo com a chuva, trabalhadores aproveitaram o horário de almoço ontem para se juntar a alguns torcedores e curtir o jogo de abertura da Copa ontem no telão do Boulevard Olímpico, na Praça Mauá. A escapadinha no horário comercial já está sendo combinada entre colegas de trabalho para as próximas partidas.
"A expectativa é de vir sempre durante o almoço para assistir os jogos. Hoje (ontem), o chefe liberou um tempinho a mais pra curtir o início da Copa!", contou Johnny Medeiros, enquanto assistia a vitória de 5 a 0 da Rússia sobre a Arábia Saudita.
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Havia também torcedores fantasiados e mais empolgados. "Eu vim passar minhas energias para o hexa. Vou assistir todos os jogos do Brasil aqui! O Brasil tem o penta e a Alemanha quer se igualar, mas nós somos o melhor do mundo!", considera o Akazu' Y Tabajara, de 70 anos, caracterizado com camisa da seleção e adereços indígenas.
Alguns acreditam que o clima vai esquentar a partir de domingo. "O clima está mais frio em relação à última Copa, mas, quando o Brasil estrear mesmo, aí o povo vai abraçar a causa. Ainda está rolando isso de ser taxado de coxinha. Já vi gente até falando que vai usar azul para torcer sem parecer coxinha. Eu vou de azul!", admite o analista Carlos Eduardo, de 31 anos.
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