Por O Dia

Rio - Após terem seus prefeitos e vice-prefeitos cassados pela Lei da Ficha Limpa, os municípios de Cabo Frio e Rio das Ostras, na Região dos Lagos, elegeram neste domingo seus novos representantes no Executivo em eleições suplementares.

Em Cabo Frio, os escolhidos foram Dr. Adriano (Rede) e seu vice Felipe Monteiro (PCdoB), com 34.529 votos, que foram 68,58% dos votos válidos. Atrás dele, ficaram os candidatos Rafael Peçanha (PDT), com 28,03%; Leandro Cunha (PSOL), com 2,12%; e Carlão (PHS), com 1,27%. Foram 60 locais de votação, com 420 seções eleitorais.

Já Rio das Ostras elegeu Marcelino da Farmácia (PV), com o vice Leandro de Almeida (PV), com 50,24% dos votos válidos. Atrás dele, Dr. Fábio Simões (PP), com 19,96%; Deucimar Talon (PRP), com 19,76%; Poggian (PSD), com 5,26%; Winnie Freitas (PSOL), com 3,15%; e Gelson Apicelo (PDT), com 1,63% dos votos válidos. Foram 296 urnas no pleito.

Os eleitores dos dois municípios que não compareceram à votação terão até o dia 23 de agosto deste ano para justificar a ausência e regularizar sua situação com a Justiça Eleitoral. Os dois municípios fluminenses passaram por eleições suplementares porque seus respectivos prefeitos, segundo o TSE, tiveram seus registros de candidatura cassados por abuso de poder econômico e político. Os dois políticos estavam inelegíveis à época das últimas eleições.

As datas em que os eleitos assumirão os cargos ainda serão fixadas pelos juízes das respectivas zonas eleitorais, com prazo limite até 16 de julho. Eles vão cumprir o restante dos mandatos de seus antecessores, até 31 de dezembro de 2020.

Também passaram por eleições suplementares ontem outros quatro municípios do Brasil: Santa Luzia, Itanhomi e Timóteo (MG); Moju (PA) e Santa Cruz das Palmeiras (SP) elegeram novos prefeitos e vice-prefeitos. Além disso, o estado do Tocantins elegeu um novo governador e vice-governador.

Ex-prefeitos barrados na Ficha Limpa

Em Cabo Frio o prefeito Marquinho Mendes (MDB) teve seu registro de candidatura negado pelo TSE pela Lei da Ficha Limpa. Os motivos seriam atos de improbidade administrativa durante seu mandato em 2012, como excesso de gastos com pessoal.

Em Rio das Ostras o prefeito Carlos Augusto Balthazar (MDB) também foi barrado pela Ficha Limpa. O motivo foi a promoção de um culto de igreja evangélica, em agosto de 2008, ano de eleição. Na ocasião, não teria havido pedido de votos, mas foi oferecida a festa com comida, bebida e música para 1300 pessoas.

Você pode gostar