Por O Dia
Publicado 14/06/2018 03:00 | Atualizado 14/06/2018 08:52

Rio - As mortes da vereadora Marielle Franco (Psol) e do seu motorista Anderson Gomes completaram três meses ontem. Ainda sem uma linha de investigação principal sobre os autores do crime, a Delegacia de Homicídios quer saber a relação do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Domingos Brazão, com a principal testemunha do caso, um policial militar ligado a grupos paramilitares.

Na quarta-feira, policiais foram ao TCE intimar Brazão. De acordo com investigadores, um ex-agente federal e assessor de Brazão, Gilberto Ribeiro da Costa, teria feito a ponte entre a testemunha e o delegado federal Hélio Khristian, primeiro a tomar o depoimento do delator.

O delator apontou o vereador Marcos Siciliano como um dos mandantes do crime. Ele também cita um desafeto seu, o miliciano Orlando Araújo, como um dos articuladores dos assassinatos.

O Ministério Público não acredita que o depoimento tenha legitimidade, pelo histórico envolvendo os protagonistas da delação.

O delegado Khristian interrogou Siciliano em inquérito que apurava sonegação fiscal da casa de shows Barra Music, na Zona Oeste. Khristian já trabalhou com o assessor de Brazão que, por sua vez, é rival político de Siciliano. O suplente de Siciliano é Marcelo Piuí, aliado de Brazão. Interrogado ontem na DH, o assessor de Brazão, que por sua vez, é rival político de Siciliano. O suplente de Siciliano é Marcelo Piuí, aliado de Brazão.

Interrogado ontem na DH, o assessor de Brazão negou que tenha feito o encontro entre a testemunha e o delegado. O DIA procurou o delegado Khristian e Brazão, mas não obteve resposta.

Durante evento na Associação Comercial do Rio ontem, o interventor Braga Netto disse que "o caso da Marielle é complicado" e que "está sendo muito bem investigado". Segundo o interventor, "a investigação está indo bem". "Tivemos um prejuízo com um vazamento (de informação). Isso prejudica o caso, mas não impede de chegar à solução. Todo mundo que estava no entorno passou a tomar precaução. Isso nos prejudica na confecção de provas. O que estamos buscando no caso são as provas", afirmou.

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