Entrevista coletiva do ministro da Defesa, Raul Jungmann e do interventor federal na Segurança Pública no Estado do Rio de Janeiro, general do Exército Walter Souza Braga Netto.Antônio Cruz/Agência Brasil
Por Agência Brasil
Publicado 14/06/2018 17:10 | Atualizado 14/06/2018 17:11

Rio - O interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto, entregou hoje (14), formalmente, o plano de gestão estratégica da intervenção ao presidente Michel Temer. Braga Netto disse que também apresentou ao presidente dados positivos da intervenção no estado. Ele citou que, entre abril e maio, houve queda de 11,8% nos casos de homicídio doloso, de 5,9% no roubo de veículos e de 15,7% em roubos de carga. 

“Mostramos ao presidente alguns resultados que foram obtidos nessa fase da intervenção”, disse o general. O plano tem cinco objetivos estratégicos que são: reduzir os índices de criminalidade; recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública do Rio de Janeiro; articulação das instituições dos entes federados; fortalecimento do caráter institucional da segurança pública e do sistema prisional; e melhoria da qualidade e da gestão do sistema prisional. 

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que com a intervenção foi preciso sair praticamento da "destruição" das forças de segurança do Rio de Janeiro para reestruturá-la e assim alcançar resultados. "Os números anteriores indicavam a redução da velocidade do crescimento [da criminalidade no Rio]. Afora a questão dos indicadores de confronto entre bandidos e policiais, que isso realmente aumentou, os outros indicadores que tive acesso caem. Cai roubo de carga, homicídio doloso. O que está a indicar, embora tenhamos que observar os próximos meses, que de fato começa a aparecer os resultados dentro daquilo que esperávamos", disse.

Mudança no Gabinete de Intervenção

Braga Netto também comentou a saída do general de divisão Mauro Sinott que deixou o cargo de secretário do Gabinete de Intervenção Federal, órgão que assumiu a segurança pública no Rio de Janeiro em fevereiro deste ano. Segundo ele, a saída do general não foi motivada por desavenças.

“A saída do segundo homem da intervenção não foi por nenhuma desavença. Ele saiu porque já estava previsto e eu segurei-o por mais tempo”, disse.

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