O PM Thiago Abraão e sua esposa Deise Tarquínio, que estava grávida, morreram atropelados por suspeitos em fugaReprodução
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 15/06/2018 10:07 | Atualizado 15/06/2018 14:44

Rio - O sonho de Deise Tarquínio da Silva, de 32 anos, de ter um segundo filho com o cabo da PM Thiago Abraão Lopes da Silva, 33 — lotado na UPP de Manguinhos — foi interrompido por uma tragédia no final da madrugada de quinta-feira. O casal, que havia acabado de sair de um bar, morreu atropelado por um carro, em que estavam três suspeitos, durante uma perseguição policial no bairro Jardim Primavera, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Deise, que estava grávida de dois meses, e o militar chegaram a serem socorridos e levados ao Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, mas não resistiram aos ferimentos. O casal será velado lado e lado e serão enterrados na manhã de sábado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio. O sepultamento estava marcado para a tarde desta sexta-feira, mas foi adiado. Um terceiro morto foi identificado como Deividson Luiz Moreira do Nascimento, 19. De acordo com a Polícia Civil, ele estava no carro perseguido pelos policiais militares do 15º BPM (Duque de Caxias).

Juntos há alguns anos, Deise gostava de postar nas redes sociais fotos com o companheiro. Os dois deixam dois filhos. Uma filha de Thiago de 9 anos — do primeiro casamento. E um menino de apenas 3 anos que é filho das duas vítimas. Na internet, amigos e parentes lamentaram a tragédia.

Na quinta, horas após a morte do filho e da nora, Sidnei Marcus Silva, 54, fez duras críticas ao governo estadual e a falta de estrutura dada à PM. O pai do cabo da PM, que mora em Rio das Ostras, disse que insistia ao filho para ele pedir a transferência para a cidade da Região dos Lagos. A mãe do policial está a base de remédios e a avó não sabe da morte do neto. "Ele era a paixão dela", disse.

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