Rio - O prédio de número 110 da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio, sofreu com um tremor na tarde desta terça-feira. No susto, centenas de pessoas que trabalham no local evacuaram o prédio e ocuparam as calçadas.
De acordo com o administrador do prédio Paulo Moraes, uma hélice da torre de ar condicionado quebrou por volta de 15h30 e gerou um barulho alto. "São duas torres de ar, com oito hélices. Uma das pás quebrou e o edifício balançou rapidamente, foram segundos. O grande problema é que as pessoas se apavoraram e começaram a sair, gerou um tumulto", afirmou. O Corpo de Bombeiros foi acionado e após uma vistoria constatou que a estrutura do prédio não foi afetada.
Não houve feridos ou vítimas e as pessoas foram liberadas para retornar ao edifício às 16h20. "Cheguei a pensar que um helicóptero tinha caído por conta do barulho, porém corri rapidamente e o funcionário desligou o ar condicionado", contou o administrador. O edifício, inaugurado em 1976, tem 44 andares e cerca de 1.200 condôminos.
Uma funcionária do 40º andar que preferiu não se identificar ainda estava assustada com o ocorrido. "Senti um tremor bem forte, a mesa tremeu, a parede. Todo mundo levantou pra descer, fui uma das primeiras, mas fiquei com tanto medo de morrer que voltei pra pegar o celular pra se fosse o caso de avisar algum familiar. Minha primeira impressão foi que tinha sido uma explosão. Estou nervosa até agora", disse.
Já o funcionário de um escritório de advocacia Tiago Cruz, também do 40º andar, ficou mais tranquilo quando o tremor aconteceu. "Foi um copo de água que mexeu só. Todo mundo percebeu, se falou, mas algumas pessoas têm mais medo que outras. Foi a reação imediata descer do prédio. No entanto, o tremor foi bem leve", relatou.
O administrador Paulo afirmou que amanhã o problema da hélice já será resolvido. "Está tudo em ordem. Temos equipe de manutenção, brigada de incêndio, o outro ar condicionado está funcionando. É um edifício muito bem monitorado, só não dá para monitorar as pessoas quando se desesperam. Foi uma evacuação espontânea dos condôminos".
*Estagiária sob supervisão de Thiago Antunes