Paulo Messina - Marcio Mercante / Agencia O Dia
Paulo MessinaMarcio Mercante / Agencia O Dia
Por O Dia

Rio - O secretário municipal da Casa Civil, Paulo Messina (PRB) anunciou, na tarde desta terça-feira, que vai continuar na Prefeitura do Rio. Na última quarta-feira, o parlamentar havia pedido demissão após mais um desentendimento com o secretário municipal de Educação, Cesar Benjamin.

"É fato que na quarta-feira, dia 04 de Julho, agradeci muito a oportunidade ao Prefeito Marcelo Crivella e pedi minha exoneração. Através da Casa Civil, foi possível trabalhar pela minha cidade de uma forma que nunca sonhei ser possível", disse o secretário em um trecho da carta. 

Segundo fontes ouvidas pelo DIA, Messina alegava que não aguentava mais frequentes ataques proferidos por Benjamin contra ele. O secretário demissionário teria, inclusive, reunido uma série de áudios e vídeos nos quais Benjamin atribui a ele todos os problemas enfrentados pela pasta da Educação.

"O motivo de minha decisão em sair também já foi noticiado pela imprensa, mas registro aqui oficialmente. Depois do bizarro primeiro episódio, em maio deste ano, envolvendo um secretário do governo que usava redes sociais para proferir ataques contra o próprio governo, típico de seu comportamento errático ao longo de sua trajetória, e que, ainda mais bizarro, seguiu nomeado, os ataques continuaram de forma mais profunda e conspiratória. Em vez de se preocupar em produzir frutos para a Cidade, comporta-se como que preocupado em produzir frutos para si. Isso não é governar; apenas divide a equipe e provoca o caos", afirmou ele sobre os motivos da sua saída. 

Segundo Messina, o motivo da sua permanência no cargo se deve aos movimentos na Câmara Municipal para denunciar a atuação do prefeito Marcelo Crivella e pedidos de impeachment. "Justamente neste momento em que a Prefeitura ensaia sua recuperação fiscal, e dá os primeiros passos sólidos para afastar a crise, é estarrecedora a possibilidade de ser engolida numa crise política que só traria danos, muitos deles irreversíveis no curto prazo, para os cidadãos cariocas, bem como jogaria ralo abaixo todos os esforços dos últimos meses. Por conta disso, e com a concordância do Prefeito, continuarei à frente da Secretaria da Casa Civil", declarou. 

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