Por O Dia

Rio - Motoristas e cobradores de ônibus vão se concentrar na tarde desta terça-feira, na porta do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro do Rio, para assembleia do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sintarturb). De acordo com o sindicato, o objetivo é cobrar empresários de ônibus o acordo firmado durante a audiência de conciliação realizada no dia 11 de junho na sede do TRT, 1ª Região, em relação ao dissídio de 2017 e 2018 e ao reajuste salarial de 7% que seria concedido aos trabalhadores em duas parcelas de 3,5% sendo a primeira em 1º de junho e a segunda em 1º de novembro.

Segundo Sebastião José, presidente do sindicato, o acordo até o momento não foi cumprido e a falta de palavra dos empresários do setor trouxe insegurança para a categoria, que voltaram a ficar em estado de greve. "Na época os trabalhadores acreditaram na palavra do RioÔnibus e da prefeitura e, atendendo também um pedido da magistrada que solicitou que a categoria não paralisasse os serviços até que o acordo fosse concluído, retornou ao trabalho. Respeitamos até agora esse pedido, mas não tivemos nenhuma resposta positiva por parte dos empresários, que praticamente viraram as costas aos acordos feitos no TRT e com o prefeito Crivella, que praticamente concedeu o reajuste nas passagens acreditando que a categoria seria beneficiada com o reajuste salarial, o que não aconteceu", disse.

Sebastião explicou ainda que as chamadas cláusulas sociais, que diz respeito a eleição dos delegados sindicais e a implementação da biometria para o controle de ponto dos trabalhadores, também estão sendo deixadas de lado por parte do empresariado. "A categoria não aguenta mais esperar a decisão do TRT e dos empresários de ônibus sobre o dissídio. Já estamos observando um movimento em algumas empresas de profissionais insatisfeitos que já pensam, inclusive, em começar uma paralisação gradativa. Para piorar a situação, o reajuste da passagem de R$3,60 para R$ 3,95 tem colocado muitos profissionais em situações desagradáveis junto aos passageiros, já que saem das garagens sem troco. Isso sem falar que eles são obrigados a repor do bolso qualquer diferença de caixa ao final do dia", explicou.

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