Polo Comercial Saara - Daniel Castelo Branco / Agência O Dia
Polo Comercial SaaraDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por Agência Brasil

Rio - As vendas do comércio lojista da capital fluminense tiveram, em julho, a sétima queda consecutiva este ano. A retração atingiu 5,3% em comparação a igual mês do ano passado. No acumulado janeiro-julho de 2018, as vendas caíram 4,7%, ante o mesmo período de 2017. Os números constam da pesquisa Termômetro de Vendas, divulgada nesta quinta-feira pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio). Foram ouvidos 500 estabelecimentos comerciais cariocas.

Na avaliação do presidente da entidade, Aldo Gonçalves, o resultado negativo das vendas reflete o momento difícil que o Rio de Janeiro está vivendo. “A situação econômica do país está com melhora mas, infelizmente, o Rio de Janeiro, por uma série de fatores específicos do estado, está vivendo um momento difícil. O funcionalismo público está recebendo com atraso; o índice de desemprego no estado do Rio é o pior do Brasil; há o problema da desordem urbana, com os camelôs, além da violência e falta de segurança. Tudo isso somado está prejudicando bastante o comércio do Rio”, elencou Gonçalves, em entrevista à Agência Brasil.

De acordo com a pesquisa, todos os setores do ramo mole (bens não duráveis) e do ramo duro (bens duráveis) tiveram resultados negativos. As maiores quedas de faturamento foram apresentadas, respectivamente, pelos segmentos de tecidos (-9,3%) e óticas (-10,1%).

Cheques devolvidos

Nos primeiros sete meses deste ano, mais de 20 mil cheques foram devolvidos no comércio do Rio, por falta de fundos; aumento de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse foi o segundo maior percentual de devolução de cheques registrado pelo CDL Rio. Perdeu somente para o acumulado janeiro-agosto de 2017, quando foram devolvidos 24 mil cheques, mais 1,4% sobre igual período de 2016.

As dívidas quitadas, que mostram o número de consumidores que colocaram suas dívidas em dia, diminuíram 2,8% de janeiro a julho. Em relação à inadimplência, houve aumento de 1,2% no acumulado dos sete primeiros meses em comparação ao mesmo período do ano passado. Em julho, a inadimplência subiu 1,3%, em relação ao mês anterior. De acordo com o Serviço Central de Proteção ao Crédito do CDLRio, esse é o maior índice deste ano.

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