Wang Jinhong morreu após ser atingido por um tiro na cabeça em arrastão - Arquivo Pessoal
Wang Jinhong morreu após ser atingido por um tiro na cabeça em arrastãoArquivo Pessoal
Por RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Antes de ser assassinado no bairro Parque Beira-Mar, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o empresário chinês Wang Jinhong, de 63 anos, passeou com a esposa, encontrou com amigos na Tijuca, na Zona Norte do Rio, fez algumas compras e, por último, encontrou com um funcionário em Caxias, e chegou a abastecer seu carro — uma S10 preta — minutos antes de ser morto com um tiro na cabeça. O casal estava voltando para casa quando o crime aconteceu.

A principal testemunha do caso é a mulher do comerciante. Ela viu o crime e deverá ajudar os investigadores da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) a identificar os dois criminosos que atiraram na vítima. Ainda durante a madrugada de segunda-feira, a esposa de Wang prestou depoimento na DHBF.

Investigadores já recolheram várias câmeras de segurança que mostram os autores do crime. Poderá ser questão de tempo que os dois homens sejam capturados.

Investigação

Filha de Wang Jinhong se desespera ao saber da morte do pai - Severino Silva / Agência O Dia

A DHBF não descarta a possibilidade de que Wang Jinhong tenha sido executado por alguma desavença. No entanto, latrocínio — roubo seguido de morte — não é descartado e agora é a principal hipótese, segundo o delegado André Timoni, que está à frente das investigações.

"Já recolhemos várias câmeras de segurança e temos imagens que tudo leva a crer que foi latrocínio", disse Timoni. Lembrando que a hipótese de execução não está descartada.

O crime que vitimou Jinhong durou menos de 20 segundos e aconteceu a 10 passos da Secretaria Municipal de Segurança, da Defesa Civil e do QG da Guarda Municipal de Caxias. Após ser baleado, a vítima chegou a ser socorrida, em uma carro da Guarda Municipal de Caxias para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, mas não resistiu aos ferimentos.

Consulado quer respostas

Ele foi morto durante um arrastão em Caxias - Severino Silva / Agência O Dia

Wang Jinhong entrou no Brasil em 1998 e foi morar em Teresópolis, na Região Serrana. Por lá, abriu a primeira pastelaria em 2007.

Representantes do consulado chinês estiveram na sede da DHBF, em Belford Roxo, no final da tarde desta segunda e pediram mais explicações da Polícia Civil sobre a morte do empresário. O consulado da China não comenta a morte de Wang.

O comerciante será cremado nesta terça, no Cemitério de Nova Friburgo.

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