Por Agência Brasil

Rio - O prefeito de Angra dos Reis, Fernando Jordão, revogou nesta terça-feira, o decreto de emergência na segurança pública do município, editado no dia 21 deste mês, em razão de um plano de segurança pública elaborado pelos órgãos federais para o município e as cidades vizinhas de Paraty e Mangaratiba, na Costa Verde.

Na revogação do decreto, Jordão cita que “a imediata e efetiva intervenção dos órgãos de segurança pública no sentido de combater a criminalidade no território municipal, bem como a desobstrução da Rio-Santos, principal entrada e saída da cidade, condição indispensável para a viabilidade dos Planos de Emergência das Usinas Nucleares [Angra 1 e 2], inclusive sob responsabilidade a cargo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, revogo o decreto municipal de 21 de agosto último, que entra em vigor a partir de hoje”.

Encontros

Hoje, um dia após a decretação do estado de emergência na segurança pública, o prefeito Fernando Jordão esteve em Brasília, com o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, general Sérgio Etchegoyen, onde relatou sua preocupação com a onda de violência na cidade, com o aumento da criminalidade e a luta de duas facções criminosas pelo controle do tráfico na região. Angra é uma cidade que vive do turismo, com praias conhecidas internacionalmente, e que acabaram atraindo a criminalidade para a região.

O aumento da criminalidade na região da Costa Verde começou a aumentar após a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), em 2010, nos morros e comunidades do Rio de Janeiro.

O prefeito Fernando Jordão se encontrou, no Rio, na segunda-feira (27), com o secretário de Segurança Pública, general Richard Nunes, de quem recebeu a promessa de que as forças de segurança do estado começariam a agir na região. Já à noite, tropas do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM, da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e o batalhão de Angra (33º batalhão) intensificaram às operações na cidade, com ações contra o crime organizado.

Usinas

Quanto à questão da segurança pública em Angra dos Reis e possíveis efeitos numa eventual situação de emergência na central nuclear, Eletronuclear disse em nota que entende o momento difícil pelo qual o município está passando, mas assegura ter plena capacidade de efetuar as operações do seu Plano de Emergência Local (PEL).

O PEL abrange a área de propriedade da Eletronuclear - que inclui a central nuclear em Itaorna, a Vila Residencial de Praia Brava e a área da Piraquara de Fora. O plano é de responsabilidade da empresa e operado com pessoal próprio.

Já o Plano de Emergência Externo é de responsabilidade do governo do estado do Rio de Janeiro. A Eletronuclear tem mantido contato diário com o secretário de Segurança do Estado, general Richard Nunes para acompanhar a situação.

A Eletronuclear informou ainda que as usinas Angra 1 e Angra 2 estão operando normalmente, com plena capacidade, gerando 2.020 MWe.

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