Três foram presos, sendo um em São Paulo, e dois estão foragidosReprodução / TV Globo
Por O Dia
Publicado 02/08/2018 07:26 | Atualizado 02/08/2018 12:20

Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizam, na manhã desta quinta-feira, uma operação contra desvio de combustíveis da Transpetro. Os agentes da Operação Água Negra foram às ruas para cumprir cinco mandados de prisão e outros 14 de busca e apreensão em endereços do Rio e de São Paulo. A ação ainda conta com o apoio Gaeco do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil de São Paulo. 

Bruno de Paiva Santos, Manoel de Andrade Maia e Claudionor Inácio da Silva foram presos por denuncias à Justiça pelos crimes de organização criminosa e furto qualificado. Jorge Felipe da Silva Paes e Everton Nascimento Silva também foram denunciados pelo crime de obstrução de justiça, mas estão foragidos. 

De acordo com  as investigações, o grupo perfurava oleodutos para furtar combustíveis da Transpetro, que depois era levado para São Paulo. Bruno Santos, Jorge Paes e Manoel de Andrade Maia integravam o núcleo do Rio, responsáveis pela escolha dos oleodutos, perfuração, retirada do combustível e comercialização. Eles levavam tudo para São Paulo, onde estava localizado o segundo núcleo da organização, composto por Claudionor e Everton. 

Em São Paulo, Claudionor era responsável pela parte financeira e administrativa da quadrilha. A investigação apurou que ele utilizava empresas das quais é sócio para “esquentar” notas fiscais e dar aparência de legalidade no transporte do produto furtado. Ele é apontado como o principal comprador do combustível furtado e responsável pela comercialização no mercado ilícito.

Everton era responsável por receber o combustível furtado e realizar a intermediação com o grupo que executava a extração e os pagamentos. Ele ainda indicava o local onde os motoristas contratados deveriam ficar escondidos até o transbordo final do produto, cuidava da hospedagem dos motoristas, bem como de toda logística da organização.

A investigação teve início em agosto de 2017, após uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no veículo em que estavam Bruno e Jorge. A polícia encontrou R$ 48 mil e três válvulas de contenção de líquidos, que eram usados nos furtos de combustíveis de oleodutos. No dia seguinte à abordagem os dois forjaram um contrato de compra e venda de imóvel para justificar a quantia encontrada no veículo. O objetivo era embaraçar a investigação penal, resultando na denúncia de obstrução de justiça. 

O Ministério Público fluminense ainda investiga o envolvimento da organização criminosa com uma explosão ocorrida no dia 5 de julho de 2017, em Itaquaquecetuba (São Paulo), em decorrência de vazamento provocado por furto de combustível de um oleoduto.

 

 

 

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