Maria da Luz foi atingida por um tiro de fuzil no sofá de sua casaAgência O Dia
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 03/08/2018 09:41 | Atualizado 03/08/2018 10:19

Rio - Uma mulher de 59 anos foi atingida por um tiro na cabeça dentro de sua casa na Favela Furquim Mendes, em Vigário Geral, na Zona Norte do Rio, na manhã desta sexta-feira. Maria da Luz Guia foi vítima de um disparo por volta das 7h, quando policiais do 16° BPM (Olaria) realizaram uma operação na comunidade e houve confronto com criminosos da região.

Um filho da vítima foi avisado por trabalho, uma obra dentro da comunidade, e voltou para a casa da mãe, a encontrando coberta de sangue e saída dentro da residência. "Quando eu cheguei no trabalho, às 7h30, eu recebi um telefonema da minha sobrinha e ela dizia: "Minha vó, minha vó". Eu saí correndo — porque eu pensei que a minha mãe estivesse passando mal . Quando eu cheguei, lá, eu vi que a minha mãe estava toda ensanguentada e com tiro na cabeça. Ela estava caída no chão", disse o filho.

Ele a pegou no colo, colocou em seu carro e levou para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha."Eu parei os policiais e disse: 'Minha mãe foi baleada! Minha mãe foi baleada!' Então, eles vieram abrindo caminho", contou Fábio José da Silva, de 34 anos. Ainda não se sabe o estado de saúde da comerciante, que trabalha há 26 anos no interior da favela onde mora.

Chorando, o pedreiro desabafou: "Eu estou com ódio. Sinto ódio desse país e ódio do Rio de Janeiro". Ele disse que a mãe estava muito feliz, já que em 23 de outubro ela completa 60 anos e a família está preparando uma grande festa.

Em nota, a PM informou que os policiais que faziam a operação foram chamados por moradores para auxiliar no socorro à Maria da Cruz. "Uma viatura do batalhão fez a escolta do carro em que a senhora estava sendo conduzida até o Hospital Estadual Getúlio Vargas", disse a corporação. O confronto ocorreu na Rua do Dique, que corta a região de Vigário Geral.

A ação da PM na comunidade, além da Favela do Dique, teve um criminoso morto e outros quatro presos. Um blindado da corporação levou o traficante baleado também para o Getúlio Vargas. Uma pistola calibre 9mm e um radiocomunicador foram apreendidos. A Delegacia de Homicídios (DH-Capital) foi acionada

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