João Paulo de Pinho LopesEstefan Radovicz / Agência O Dia
Por O Dia
Publicado 10/08/2018 07:11 | Atualizado 10/08/2018 10:38

Rio - A força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio prendeu, na manhã desta sexta-feira, o empresário João Paulo Julio de Pinho Lopes. Ele é acusado de usar a corretora de valores da qual é sócio, a Advalor, para fazer movimentações financeiras ilegais e que seriam destinadas a Júlio Lopes, secretário estadual de Transportes na gestão do governador Sérgio Cabral, e de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Pinho Lopes foi preso em seu apartamento, em Botafogo, na Zona Sul.

As informações são do Bom Dia Rio, da TV Globo. A Polícia Federal chegou ao nome do empresário através de uma delação premiada de Luiz Carlos Velloso, ex-subsecretário estadual de Transportes na gestão de Cabral.

Em depoimento, em dezembro do ano passado, em processo que apura corrupção na construção da Linha 4 do Metrô do Rio, Velloso disse que R$ 3,5 milhões pagos por empreiteiras como propina, entre elas a Odebrecht, passaram pela Advalor.

O acordo da deleção de Velloso foi homologado no ano passado pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-secretário Júlio Lopes, atualmente deputado federal pelo PP-RJ, era chefe de Velloso na pasta.

Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, e não tem como alvo pessoas com foro privilegiado. A conduta de Júlio Lopes e Augusto Nardes é investigada em instâncias superiores.

A Advalor já foi alvo de buscas na Operação Paralelo, 39ª fase da Lava Jato de Curitiba, em março de 2017. Os procuradores já investigavam suspeitas, também com base em delações, de que a corretora seria usada como canal para recebimento de propina vinda de contratos entre a Petrobrás e construtoras. João Paulo, no mesmo ano, chegou a prestar depoimento para o juiz Sérgio Moro.

 

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