Rio - O idioma Iorubá, praticado nas religiões afro-brasileiras, agora é patrimônio imaterial do Estado do Rio. O Projeto de Lei, que foi aprovado na Assembleia Legislativa (Alerj), evidencia a importância da preservação dos vestígios imateriais das presenças negras africanas no Brasil.
Segundo dados do IBGE, o Rio possui uma das maiores concentrações de descendentes e praticantes das religiões afro, em especial nagô/ioruba do Brasil. Em todo o Estado, foi preservado no espaço das Casas Tradicionais de Matrizes Africanas de origem nagô/ioruba, onde até hoje, todos os rituais e liturgias são professados nesta língua.
De acordo com o babalaô Ivanir dos Santos, membro da Comissão de Combate à Intolerância, "não podemos esquecer que o nosso país evidencia muito mais as tradições (culturais e religiosas) e contribuições europeia do que as africanas, promovendo assim um silenciamento histórico. Por essa razão, a instituição da língua Iorubá como patrimônio imaterial promove um fortalecimento real e necessário para a promoção não só do idioma, mas também de todas as culturas e tradições africanas que contribuíram significativamente para a construção da nossa nação".