Marta Marinho faz distribuição há pelo menos cinco anos em Vaz Lobo - Alexandre Brum / Agencia O Dia
Marta Marinho faz distribuição há pelo menos cinco anos em Vaz LoboAlexandre Brum / Agencia O Dia
Por O Dia

Muitas crianças já estão planejando hoje, como será o dia de amanhã. É que será o Dia de São Cosme e Damião e a garotada quer encher a casa de doce. Para fazer a distribuição das guloseimas, adultos fazem filas nas lojas para comprar balas, pirulitos, suspiros e chocolates. No Mercadão de Madureira, não foi diferente e centenas de pessoas percorreram ontem os estabelecimentos para comprar guloseimas e manter a tradição da data.

"Compro doces nessa época desde 1991. O pai do meu marido sempre teve esse costume, chegava até a fazer empréstimo no banco para poder comprar. Depois que ele faleceu, nos sentimos na obrigação de manter a tradição", contou a enfermeira Nádia da Silva. "Na hora de entregar os doces é tudo feito na encolha. Levo em um saco preto com a quantidade certa", completou.

Se ontem as lojas já estiveram cheias a promessa é que hoje, véspera do Dia de São Cosme e Damião, os estabelecimentos estejam ainda mais movimentados. Segundo Ancelmo Henrique, gerente de uma loja de doces no Mercadão de Madureira, o movimento surpreendeu apesar do momento de crise.

"O movimento está parecido com o do ano passado. Acho que mesmo com o dinheiro curto o pessoal tem tentado manter a tradição. O fluxo de pessoas não é mais como antigamente, mas mesmo assim estamos tendo uma ótima venda de produtos. Mais cheio que isso aqui só no Dia das Crianças", relatou Ancelmo.

Nas lojas de Madureira também teve quem comprasse doces para pagar promessa. O aposentado Sérgio Lima, de 71 anos, saiu do Recreio, na Zona Oeste, para triplicar a quantidade de guloseimas que costumava comprar nos anos anteriores.

"Compro doces para São Cosme e Damião há 46 anos. Há poucos meses atrás minha sobrinha teve um problema sério na gravidez e eu prometi que se tudo ficasse bem eu compraria 100 saquinhos a mais. Graças a Deus o William nasceu saudável e na quinta-feira eu estarei pelas ruas para distribuir o que estou comprando", lembrou Sérgio.

Já Marta Marinho buscava os melhores preços de doce para seu Centro de Candomblé. Ela distribui lembrancinhas há pelo menos cinco anos em Vaz Lobo, na Zona Norte. "Tem toda uma simbologia por trás do dia 27 de setembro. É a festa das crianças e temos que seguir a tradição. É muito bom poder ver a alegria no rosto da criançada", refletiu.

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