Rio - As fachadas do Museu Nacional não correm o risco de desabar, de acordo com o secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Rodadey. As paredes tem mais de um metro de espessura e são feitas de rochas. Entretanto, ainda há pequenos focos de fogo na parte interna, que ainda pode cair, como assoalhos e pisos. O trabalho de rescaldo deve durar toda a semana.
O Corpo de Bombeiros também verifica se o prédio do museu, palácio que serviu de residência da família real portuguesa entre 1808 e 1821, estava regular junto à corporação. "Nós estamos procurando se tinha algum documento antigo que em algum momento tenha sido regularizado no Corpo de Bombeiros. De 2008 para cá, que é digitalizado, não consta. Mas se foi regularizado em 1976, está regular. Até o final do dia teremos essa informação", disse. A lei de vistoria mudou este ano e obriga que seja feita anualmente.
Segundo Marco Aurélio Caldas, museólogo que trabalha no Museu Nacional, reforçou que ainda há focos de fogo no local. Uma equipe do museu entrou no prédio e começa a levantar o prejuízo. Por conta do desabamento dos pisos do terceiro e segundo andar, tudo que estava nesses andares caíram no primeiro piso. "Vamos fazer uma varredura para ver o que vamos achar", disse.
Meteoritos foram recuperados e não foram afetados pelo fogo, já que são resistentes a altas temperaturas. Peças de arqueologia também foram encontradas praticamente intactas e estão sendo levadas para a área onde fica o chafariz.