O bombeiro Rafael Luz estava de folga, mas foi até a Quinta da Boa Vista para ajudar no combate ao incêndio no Museu NacionalReprodução Facebook
Por O Dia
Publicado 03/09/2018 20:04 | Atualizado 03/09/2018 20:25

Rio - Grandes tragédias comovem. Por conta desse abalo e por levar a sério seu dever de proteger que o bombeiro Rafael Luz, que estava de folga, pegou o metrô e foi para a Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, para ajudar no combate as chamas que atingiram o Museu Nacional, na noite do último domingo. 

Em um relato nomeado de 'Em cada canto um herdeiro de Luzia' (em referência ao fóssil mais antigo encontrado nas Américas, um dos símbolos do Museu), o profissional compartilha a frustração de não ter conseguido salvá-la. "Sabia a importância e relevância dessa peça. Fomos levados à sala onde ela estava. Junto com o Tenente Coronel Vitoriano, entramos em uma sala ainda com focos e avançamos. Fizemos um esforço gigantesco e conseguimos nos aproximar e abrir o armário. Ao procurar Luzia, encontrei vazio e um ferro incandescente que derreteu minha luva e queimou meus dedos. Doeu, muito. Saí da sala e chorei. De dor? Não. De frustração. Eu queria ter achado Luzia, ter salvado mais itens, ter ido mais ao museu, ter reclamado mais do abandono do nosso patrimônio histórico. Mas não deu", escreveu. 

Na publicação, Rafael também conta que ele e todos os que trabalhavam no local deram o máximo para apagar o incêndio e minimizar os estragos. "Tenham certeza que eu e meus companheiros que lá estávamos fizemos todo o esforço humanamente possível para salvar qualquer coisa. Sofremos juntos, choramos também. O lema do Corpo de Bombeiros é: “Vida Alheia e Riquezas Salvar!” Riquezas Salvar... Essa parte do lema nunca fez tanto sentido", concluiu.

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