Peritos da Policia Federal fazem imagens em 3D do Museu NacionalSeverino Silva
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 05/09/2018 10:29 | Atualizado 05/09/2018 11:59

Rio - Peritos de criminalista da Polícia Federal (PF) trabalham na parte externa do Museu Nacional, na manhã desta quarta-feira. Eles fazem imagens em 3D com do prédio bicentenário, com o objetivo de preservá-lo com as mesmas características, caso parte dele desabe.

Também são usados drones e sensores térmicos no trabalho de perícia. É o segundo dia de trabalho da Polícia Federal no prédio e o trabalho da PF é acompanhado pelo engenheiro elétrico do Museu Nacional, visando levantar informações que ajudem a identificar as causas do incêndio. 

Chamas atingiram quase mil graus

O fogo que destruiu o Museu Nacional pode ter atingido quase mil graus, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Materiais resistentes, como vigas colocadas na estrutura do terceiro andar, onde ficava a área de etnologia, ficaram retorcidas.

No terceiro piso, além da área de exposições, havia reservas técnicas usadas por pesquisadores. Uma delas eram materiais colhidos da estação biológica de Santa Lúcia, na cidade de Santa Teresa, no Espírito Santo. A área possui 400 hectares de Mata Atlântica preservada.  

Vários funcionários do Museu Nacional e de outros institutos estão na Quinta da Boa Vista e formaram uma rede de solidariedade, ajudando nos trabalhos que estão sendo feitos e consolando amigos. Um deles é o ex-chefe do escritório técnico do museu, Ricarte Linhares Gomez, que se aposentou há 3 meses e trabalhou por 20 anos no Nacional.

Ele afirma que foi um dos responsáveis por tocar o projeto que ocasionou no aporte de R$ 21 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele diz que uma das exigências era o projeto de segurança, além de outras recomendações. 

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