Rio - Policiais civis da 13ª DP (Copacabana) prenderam, nessa terça-feira, membros de uma quadrilha especializada em golpes de estelionato a clientes de banco, também conhecida como "Golpe do Motoboy". De acordo com os agentes que participaram da ação, Heitor Rodrigues Paixão, Jailton Conceição e Caroline Dos Santos Silva foram capturados em um apartamento, em Copacabana, na Zona Sul. O grupo, que é de São Paulo, havia alugado o imóvel por temporada.
Segundo a Polícia Civil, a fraude era realizada por meio de uma falsa central de telemarketing, que efetuava as ligações para as vítimas se passando por funcionários do setor segurança de bancos, dizendo a elas que havia sido detectada uma compra fora do seu padrão de consumo.
Os criminosos capturavam as senhas digitadas pelas vítimas e as orientavam a cortar o cartão de crédito no meio e escrever uma carta contestando a falsa transação. Em seguida, um motoboy buscava o envelope com o cartão cortado e a carta. Em posse do chip, os criminosos realizavam várias compras pela internet no escritório montado pelo grupo.
'Golpe do motoboy' é o crime da moda
"Hoje, o cartão de crédito é a principal porta de entrada para os casos de fraudes envolvendo nossos clientes", afirma o superintende de prevenção a fraude do Itaú Unibanco, Ricardo Lima. O banco, recentemente, iniciou uma campanha justamente para alertar os clientes sobre o 'golpe do motoboy'. Um vídeo disseminado pelo WhatsApp explica o crime e diz que o banco não solicita senhas e não pede cartões de seus clientes.
"Quem cai nesse golpe geralmente fica espantado com o nível de detalhamento dos bandidos. Eles têm informações sobre a vítima, após monitoramento de redes sociais, e geralmente desviam a linha de telefone no instante do golpe para que a ligação caia exatamente no número dos golpistas", afirma o delegado José Mariano de Araújo Filho, titular da delegacia de crimes cibernéticos da Polícia Civil de São Paulo.
Com Estadão Conteúdo