Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) - Reprodução Google Street View
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)Reprodução Google Street View
Por O Dia

Rio - A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) suspendeu as aulas da próxima segunda-feira, sob a alegação de possíveis dificuldades de locomoção decorrentes do momento político atual do estado e do país. 

Na última sexta-feira, um aluno da instituição foi agredido na cabeça com uma barra de ferro por um grupo de pelo menos seis homens, enquanto fazia, em companhia de outros alunos, panfletagem para o candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT), na Praça Lauro Müller, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.

Em um manifesto dos Conselhos Superiores da instituição, publicado nesta quarta-feira, a universidade afirma que o Brasil vive uma encruzilhada histórica, de momento de tomada de decisão pela democracia, igualdade social e liberdades civis; confira aqui o texto na íntegra. 

 

X., de 22 anos, foi agredido na noite desta sexta-feira - Arquivo Pessoal

"A ascensão das forças reacionárias traz um forte ataque às mulheres, ao povo negro, à população LGBT, aos indígenas e quilombolas, aos trabalhadores e trabalhadoras em geral. Temos de resistir em nome dos valores civilizatórios construídos ao longo dos últimos dois séculos", declara a Unirio no manifesto. 

Segundo a instituição, os ataques também serão direcionados à universidade pública. "A cobrança de mensalidade e o fim das cotas estão no horizonte político. E, hoje, nossa segurança institucional, acadêmica e até mesmo física da nossa comunidade universitária encontra-se em risco imediato, em especial, do nosso corpo discente."

Nota publicada pela reitoria da Unirio nesta quarta-feira - Reprodução

No texto, os conselheiros lembram da agressão sofrida pelo universitário. "Exigimos uma rápida e contundente resposta das autoridades competentes", pede a Unirio. 

Fiscais do TRE retiram bandeira antifascismo da UFF

Fiscais do TRE não apresentaram identificação nem documentação - Reprodução Facebook

Na noite desta terça-feira, fiscais do Tribunal Regional Estadual (TRE) entraram na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, na Região Metropolitana, e alegaram que cumpriam um "mandado verbal" expedido pela juíza Maria Parecida da Costa Bastos, para retirar uma bandeira antifascismo, que se fundamentava em propaganda eleitoral "irregular" e "negativa", de acordo com a UFF. 

O boletim de ocorrência administrativo indica que os fiscais entraram em palestras na Faculdade de Direito e, acompanhado de professores, interromperam aulas e visitaram a sala onde funciona o Centro Acadêmico Evaristo da Veiga, que foi fotografado. O registro ressalta a todo momento que os fiscais não apresentaram esclarecimentos e motivações sobre a ação e se respaldaram no "mandado verbal".

Os agentes localizaram uma bandeira pendurada por alunos na fachada do prédio acadêmico onde lia-se "Direito UFF Antifascista". Embora não tenha o nome de nenhum candidato, os agentes mobilizaram alguns funcionários para a retirada da bandeira.

Minutos depois, a Polícia Militar entrou na universidade para auxiliar na retirada da bandeira. De acordo com o Registro de Ocorrência Administrativo, a PM teria sido acionada pelos fiscais. Alunos do curso da UFF irão realizar uma manifestação contra a conduta do órgão eleitoral na noite desta quarta-feira. 

 

 

 

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