Alunos da Uerj penduram faixa contra o fascismo após repercussão do caso UFF - Reprodução
Alunos da Uerj penduram faixa contra o fascismo após repercussão do caso UFFReprodução
Por KARILAYN AREIAS

Rio - Alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) penduraram uma faixa, na noite desta quarta-feira, na fachada da instituição se posicionando contra o fascismo. O ato foi feito após repercussão do caso da Universidade Federal Fluminese (UFF).

Segundo a diretora do Centro Acadêmico Luiz Carpenter (Direito UERJ), Morena Pérez, a medida é uma forma de resistência. "Resistimos junto com todo o movimento estudantil. Não vamos aceitar censuras as nossas formas de manifestação política. Censuraram a UNE, entraram em DCEs e agora reprimem os centros acadêmicos. Nos posicionamos firmemente contra o fascismo e não abrimos mão de nos posicionar em defesa do povo brasileiro junto a todo o movimento estudantil", disse. 

Na noite da última terça (23), agentes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estiveram no campus do Ingá, em Niterói, e retiraram uma faixa com os dizeres "Direito Antifascista". O fato repercutiu nas redes sociais, pois alunos e professores alegaram arbitrariedade dos agentes, que teriam entrado no prédio com um "mandado verbal". Depois do ocorrido, manifestantes se reuniram, na noite desta quarta, em um protesto. 

Procurado pelo O DIA, o TRE informou que "a juíza da 199ª Zona Eleitoral, Maria Aparecida da Costa Barros, prestou esclarecimentos sobre a atuação da equipe de fiscalização da propaganda eleitoral de Niterói na Faculdade de Direito da UFF". Segundo o TRE, "a magistrada anexou ao documento a decisão judicial que determinou a 'busca e apreensão dos materiais de propaganda eleitoral irregular encontrados nas unidades da UFF, sobretudo nos campi do Gragoatá e do Ingá'".

Ainda de acordo com a nota, "na decisão, a juíza menciona a existência de diversas notícias de fato relatando a prática de propaganda eleitoral irregular e conduta vedada nas Eleições 2018" e que "o próprio reitor da UFF, Sr. Sidney Luiz Matos Mello, informou, no dia 17 de outubro, que tem conhecimento de que propaganda eleitoral tem sido irregularmente veiculada dentro das Unidades daquela instituição, mas que nada poderia fazer para proibir ou impedir a realização de tais eventos ou condutas". 

Você pode gostar