Fernanda se submeteu a procedimento em casa com a falsa médicaReprodução do Facebook
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 14/10/2018 19:33 | Atualizado 15/10/2018 10:09

Rio - A microempresária Fernanda Assis morreu, na tarde de sábado, após dar entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na manhã de sexta-feira. Segundo parentes e amigos da mulher, ela fez um procedimento estético para preenchimento dos glúteos com uma mulher, no início da semana, e teria usado metacril. A responsável pelo procedimento ainda não foi identificada.

Na noite de quinta, Fernanda teria começado a se sentir mal e foi levada às pressas à unidade médica na manhã seguinte. Familiares contaram que a mulher era apaixonada pela vida e pelo corpo. Tanto que, neste ano, decidiu abrir uma clinica de estética em Anchieta, na Zona Norte. Muito abalado, Alex Fernando esteve no Instituto Médico Legal (IML) no Centro, neste domingo, para liberar o corpo da namorada.

"Nós vamos fazer o registro de ocorrência na delegacia. A polícia me orientou a não passar informações para qualquer pessoa", disse Alex, emocionado. Em contato com a reportagem, ele se mostrou apreensivo ao falar sobre o caso. O corpo de Fernanda será enterrado na segunda à tarde ou terça de manhã no Cemitério de Ricardo de Albuquerque — a família aguarda o fim dos trâmites burocráticos para precisar a data.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Fernanda deu entrada no Albert Schweitzer às 8h50 de sexta-feira com edemas nos glúteos e rosto. Ainda segundo a direção da unidade, a microempresária reclamava de dificuldade respiratória. Na manhã de sábado, a vítima sofreu complicações e precisou ser entubada e, no início da tarde, sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu pouco depois das 14h40.

"Assim que tomamos conhecimento do caso, mesmo sem o registro de ocorrência, já foram realizadas diligência preliminares a fim de verificar a procedência da informação, de onde será instaurado inquérito policial para apurar todas as circunstâncias do caso", disse o delegado Mauricio Mendonça de Carvalho, da 31ª DP (Ricardo de Albuquerque). 

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