Por
Publicado 23/10/2018 03:00

Uma inspeção da prefeitura no BRT Transoeste achou indícios de descumprimento dos padrões técnicos da construção. Além do uso de material de qualidade inferior à especificada em contrato, as equipes constataram espessuras até 10 cm menores do que as que deveriam formar o pavimento, o que indica vantagens para as construtoras. Outra vistoria feita na semana passada, no Transcarioca, apontou prejuízos superiores a R$ 500 milhões para o município na obra daquele corredor por problemas semelhantes (R$ 110 milhões em serviços e materiais e R$ 400 milhões em aditivos). Os prejuízos no Transoeste ainda serão orçados.

As equipes abriram dez trechos do Transoeste. Perto das estações Magarça e Pingo D'Água, a pista tinha espessuras de 39 cm, 40 cm e 44 cm (deveria ter 45 cm). No Pontal, havia areia em vez de brita. Para o prefeito Marcelo Crivella, os defeitos da pista são causados pelas irregularidades. A obra, do governo de Eduardo Paes, custou mais de R$ 1 bilhão. A prefeitura vai notificar as construtoras para exigir ressarcimentos e enviará a denúncia ao MP. Uma delas, a Odebrecht, respondeu, por nota, que "executou os serviços no trecho de sua responsabilidade dentro de todas as especificações exigidas pelo projeto, que foi concluído em 2012".

Você pode gostar

Comentários

Publicidade

Últimas notícias