Rio - Três em cada quatro vítimas de acidente de trânsito no ano passado, no estado do Rio, foram jovens, de 20 a 29 anos, do sexo masculino. A incidência foi 324% maior do que entre as mulheres da mesma idade. Os dados, divulgados pelo Corpo de Bombeiros, são do raio-x sobre ocorrências de trânsito. Em 2017, os bombeiros socorreram uma média de 141 pessoas por dia 71,8% homens e 28,2% mulheres.
As motocicletas apareceram como meio de locomoção campeão em vítimas atendidas (47,7%), seguidas dos automóveis (28,9%), dos atropelamentos (11,7%) e das bicicletas (6,9%). Apenas 2,8% das pessoas socorridas estavam em ônibus, 1,2% em caminhões e 1% em vans.
"Embora as motos só representassem 16,7% da frota do estado, foram responsáveis por quase metade dos socorros a vítimas registrados 2017", disse o secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey Jr.
As colisões envolveram 24.516 pessoas, a maioria delas (66,3%) contra anteparos ou outros veículos. Quedas representaram 33,7% dos casos. Já os automóveis, que correspondem a 68,2% da frota, foram registrados como meio de transporte de menos de 1/3 dos atendidos.
Dos 1.236 óbitos constatados na cena do socorro, 35,5% envolviam condutores ou tripulantes de motocicletas, 33,9% ocupantes de automóveis e 20% de pedestres. Os outros 10,6% contabilizam outros perfis.
O relatório aponta ainda que apenas 44,7% dos acidentados em automóveis usavam o cinto de segurança. Entre os motociclistas, a utilização do capacete foi registrada em 63% dos casos. O assento infantil só foi percebido em 34,6% dos socorros envolvendo crianças de zero a 7 anos.
"Quanto maior a proteção, menor a lesão. Nossos registros mostram, por exemplo, que apenas 25,3% das vítimas graves de acidentes de carro, com risco iminente de vida, estavam de cinto. Dentre os que saíram ilesos, 69,9% usavam o equipamento de proteção", destacou Robadey.
Os eventos que geraram maior número de traumas graves foram os atropelamentos. Membros inferiores (34%) e superiores (31,6%) foram as partes mais afetadas dentre as lesões causadas.
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