Um dos presos na operação contra a milícia  - Reprodução TV Globo
Um dos presos na operação contra a milícia Reprodução TV Globo
Por O Dia

Rio - Um homem morreu e outro ficou ferido durante uma operação da Polícia Civil contra milicianos suspeitos de roubar equipamentos para instalar sinal pirata de internet, na manhã desta segunda-feira, na Vila Vintém, Zona Oeste do Rio. Os agentes visavam cumprir 13 mandados de prisão. Nove pessoas foram presas na ação. 

De acordo com as investigações, a quadrilha seria especializada em furtar roteadores (equipamentos utilizados na distribuição de sinal de internet/telefonia /TV) e comercializar de forma clandestina. O bando teria causado um prejuízo calculado em cerca de R$ 5,4 milhões somente à empresa Claro, maior vítima do grupo.

"Os integrantes do grupo, agindo de forma organizada e com divisão de tarefas, subtraem os equipamentos, com rompimento de obstáculo, abuso de confiança e concurso de pessoas", diz nota da Polícia Civil.

Durante a operação, houve confronto, e dois suspeitos foram baleados, na Vila Vintém, em Realengo, sendo que Osmar Pereira Neto, 24 anos, trocou tiros com agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Com ele foi apreendida certa quantidade de drogas.

Ainda segundo a Polícia Civil, Osmar foi preso em flagrante no dia 2 abril de 2013, ocasião em que estava numa moto e, juntamente com um comparsa, foi encontrado quando tentava furar um bloqueio da escolta de transporte de valores do Banco Central, realizado pelo Batalhão de Choque.

Foram presos Augusto Fábio de Correa, Douglas de Azevedo de Souza, Felipe Gaspar da Silva, Marcos Martins da Rocha, Thiago Ferreira Martins, Vinicius Martins Ribeiro, Wagner Ferreira Martins e Arcilino Pereira da Silva Neto, que também foi preso em flagrante por porte de arma de fogo.

As investigações demonstraram que os indiciados, todos funcionários ou ex-funcionários de empresas do ramo de telecomunicações, furtaram diversos roteadores (nos locais denominados sites) em várias regiões do Rio de Janeiro. As estimativas são de que até setembro deste ano tenham sido subtraídos pelo grupo cerca de 90 roteadores, cujo valor unitário e da ordem de R$ 60 mil.

As investigações revelaram a divisão de tarefas; parte do grupo era responsável por efetuar os furtos dos roteadores (braço operacional), célula coordenada por Felipe Gaspar, que atuava juntamente com Thiago; Wagner; Paulo Roberto; Vinicius Martins; Douglas Martins e Alessandro, enquanto os demais por limpar e revender os equipamentos (braço administrativo), coordenado por Augusto Fábio e Arcelino, contando com o auxílio dos demais integrantes do grupo.

De posse do roteador subtraído, era efetuada a limpeza do equipamento, o grupo anunciava no Mercado Livre os equipamento por preços que variavam de R$ 6 mil a 25 mil. As investigações foram conduzidas pela 50ª DP (Itaguaí). 

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