'Rumores sobre as vacinas contra o HPV seguem adiando o aumento da imunização, necessário para a prevenção do câncer', disse Elisabete Weiderpass, diretora do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer - Reprodução/ Agência Brasil
'Rumores sobre as vacinas contra o HPV seguem adiando o aumento da imunização, necessário para a prevenção do câncer', disse Elisabete Weiderpass, diretora do Centro Internacional de Pesquisas sobre o CâncerReprodução/ Agência Brasil
Por O Dia

Rio - O Ministério da Saúde emitiu alerta para o perigo de surto de febre amarela no país. A preocupação se deve a dois fatores: a proximidade do Verão, período de maior risco de transmissão da doença; e a baixa cobertura vacinal, especialmente em áreas recém-afetadas e com grande contingente populacional, como as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), que já lançou nova campanha de vacinação, cerca de 11 milhões de fluminenses foram imunizados, o que corresponde a somente 73% da meta que é de 95% do público-alvo (a partir dos 9 meses até os 60 anos). Na capital, os números também são preocupantes. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o município vacinou apenas 84% do público-alvo.

Entre os anos de 2017 e 2018, a febre amarela ultrapassou os limites da área tida como endêmica (região amazônica) e o Brasil viveu o seu mais expressivo surto da doença, atingindo, especialmente, a Região Sudeste. Segundo o MS, entre julho de 2017 e junho de 2018, foram registrados 1.376 casos humanos da doença, com 483 óbitos. A doença tem alta letalidade, em torno de 40%, o que torna a situação mais grave.

Pelos cálculos da secretaria estadual, cerca de quatro milhões de pessoas ainda precisam ser imunizadas no estado até o verão. Para tanto, a vacina permanece disponível de segunda a sexta-feira nos postos. Durante os finais de semana de novembro, a secretaria tem montado uma tenda para vacinação nos jardins da Quinta da Boa Vista, das 8h às 17h.

"Com a diminuição de casos após o cinturão de bloqueio realizado no ano passado, os moradores do estado deixaram de procurar os postos de saúde. Agora, o desafio é alertar a população para o perigo de um novo surto durante o verão. Para que isso não ocorra é preciso que as pessoas se vacinem nos postos de saúde espalhados pelo estado ou compareçam durante essa nova etapa da campanha na Quinta da Boa Vista", explicou Alexandre Chieppe, médico da Secretaria de Estado de Saúde.

Na capital, a vacina da febre amarela está disponível em 232 unidades da rede de Atenção Primária (Clínicas da Família e Centros Municipais de Saúde). Os principais sintomas da febre amarela são dor de cabeça, febre, amarelamento da pele, dores musculares e articulares, náuseas e indisposição.

Saiba mais

- Fim do fracionamento

A vacina aplicada na campanha será a dose padrão. Aqueles que já foram imunizados com a dose fracionada, não precisam se vacinar nesta etapa.

- Quem não deve se vacinar

A vacina não é indicada a bebês menores de 9 meses, pessoas com contraindicações especiais (pacientes imunodeprimidos, com doenças hematológicas graves, entre outras) e grávidas.

- Tipos da doença

Há dois tipos de febre amarela - silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de transmissão.

- Casos em macacos

Vale lembrar que o macaco não transmite a doença. Ele é também vítima do mosquito e serve de alerta para identificar a presença do vírus em determinado local. Ao todo, 18 municípios têm casos confirmados de febre amarela em macacos em 2018. São eles: Angra dos Reis, Araruama, Barra Mansa, Cachoeira de Macacu, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Itatiaia, Miguel Pereira, Mangaratiba, Paraty, Petrópolis, Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia, Silva Jardim, Tanguá, Valença, Vassouras, e Volta Redonda.

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