Rio - A partir desta segunda-feira, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio inicia nova campanha de vacinação contra a febre amarela. A ação visa imunizar cerca de 4 milhões de pessoas e tem como objetivo alcançar a cobertura vacinal de 95% do público-alvo antes da chegada do verão, período em que pode ocorrer uma maior incidência da doença. Até o momento já foram imunizadas cerca de 11 milhões de pessoas, o que corresponde a 73% da meta.
A vacina estará disponível em todos os postos de saúde e também durante três finais de semana de novembro (dias 10, 11, 17, 18, 24 e 25) nos jardins da Quinta da Boa Vista, sempre aos sábados e domingos. Na iniciativa, a SES montará uma tenda com profissionais que atenderão das 8h às 17h.
"Com a diminuição de casos após o cinturão de bloqueio realizado no ano passado, os moradores do estado deixaram de procurar os postos de saúde. Agora, o desafio é alertar a população para o perigo de um novo surto durante o verão. Para que isso não ocorra é preciso que as pessoas se vacinem nos postos de saúde espalhados pelo estado ou compareçam durante essa nova etapa da campanha na Quinta da Boa Vista", explicou Alexandre Chieppe, médico da Secretaria de Estado de Saúde.
Fim do fracionamento
Com o fim do fracionamento, que ocorreu em outubro, a vacina aplicada na campanha será a dose padrão. A SES alerta que todos os que não tomaram a vacina devem procurar os postos. Aqueles que já foram imunizados com a dose fracionada, não precisam se vacinar nesta etapa porque já estão protegidos.
Quem não deve se vacinar
A vacina não é indicada a bebês menores de 9 meses, pessoas com contraindicações especiais (pacientes imunodeprimidos, com doenças hematológicas graves, entre outras) e grávidas.
Tipos da doença
Há dois tipos de febre amarela – silvestre e urbana. As duas são causadas pelo mesmo vírus e causam a mesma doença, mas se diferem pelo vetor de transmissão. A urbana é transmitida pelo Aedes aegypti e, de acordo com o Ministério da Saúde, desde os anos 40, o Brasil não registra casos deste tipo da doença.
Já a silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabeths, insetos de hábitos estritamente silvestres. A febre amarela silvestre é endêmica em algumas regiões do país, principalmente na região amazônica. Trata-se de uma doença infecciosa febril aguda, transmitida exclusivamente pela picada de mosquitos infectados.
Casos em macacos
Vale lembrar que o macaco não transmite a doença. Ele é também vítima do mosquito e serve de alerta para identificar a presença do vírus em determinado local. Ao todo, 18 municípios têm casos confirmados de febre amarela em macacos em 2018. São eles: Angra dos Reis, Araruama, Barra Mansa, Cachoeira de Macacu, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Itatiaia, Miguel Pereira, Mangaratiba, Paraty, Petrópolis, Rio de Janeiro, São Pedro da Aldeia, Silva Jardim, Tanguá, Valença, Vassouras, e Volta Redonda.
Sintomas
Os principais sintomas da febre amarela são dor de cabeça, febre, amarelamento da pele, dores musculares e articulares, náuseas, indisposição, entre outras manifestações. Em 2018, foram registrados 262 casos de febre amarela silvestre em humanos, com 84 óbitos. Os mosquitos Haemagogus e Sabethes são os transmissores da febre amarela silvestre.
Para mais informações sobre a doença acesse www.febreamarelarj.com.br.