Pequeno Brian com a mãe: criança corre risco de perder perna após possível erro médicoArquivo pessoal
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 09/11/2018 11:37 | Atualizado 09/11/2018 14:54

Rio - O pequeno Brian Rodrigues Santos de Lima, de apenas 1 ano, que passou três meses internado no Hospital Regional do Médio Paraíba Dra. Zilda Arns Neumann, em Volta Redonda, no Sul Fluminense, corre o risco de perder a pena direita após um suposto erro médico. No dia 3 de agosto, a criança deu entrada no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, com pneumonia. Naquela ocasião, por falta de vaga na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), a criança, que é portadora de Síndrome de West, precisou ser transferida para a unidade médica no interior do estado.

De acordo com familiares, por morarem em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, há meses eles pediam ao hospital a transferência do bebê para a capital carioca, o que foi negado pela unidade do interior do estado. No último sábado, a perna de Brian começou a ficar roxa após profissionais colocarem um acesso interrósseo para soro e medicamentos.

"Eles colocaram na quinta-feira (a agulha intraósseo) na perninha dele, e disseram que era para salvar a vida. (Agora) o meu filho corre o risco de ficar ser uma das pernas. (No sábado), a médica me ligou e disse que era para eu ir o mais rápido possível ao hospital porque o meu filho havia piorado. Quando eu cheguei lá a perninha estava roxa", lembra a dona de casa Samantha Lima Rodrigues, 25, mãe do pequeno. "A médica muito tranquila disse que ele poderia ter a perna amputada. Não explicando o que tinha acontecido", completa a mulher.

Perna de Brian inchou após ser colocado acesso no membro. Outras imagens que O DIA teve acesso a mostram totalmente roxaArquivo pessoal

Na quarta-feira, após o bebê ser avaliado por um especialista, os médicos fizeram um exame para saber a real situação da perna e resolveram transferir a criança para o Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, o Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, por considerarem que seu estado de saúde é grave.

"Após verem que fizeram algo de errado, a direção do hospital, rapidamente, resolveu achar vaga e transferir o meu filho. Tenho certeza que eles quiseram abafar o problema", conta emocionada Samantha. Os familiares do pequeno Brian pretendem acionar o estado judicialmente. "É péssimo ver seu filho nesse estado. Ele entrou lá para ser ajudado e eles acabaram atrapalhando ainda mais a vida do meu filho", completa a dona de casa.

A reportagem entrou em contato com Secretaria Estadual de Saúde e pediu uma posição sobre as acusações feitas pela mãe do pequeno Brian, mas ainda não obteve resposta. 

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