Rio - Por volta das 10h54 desta segunda-feira, o Centro de Operações Rio, com base na previsão do tempo do Alerta Rio, informou que núcleo de chuva que atua próximo ao Maciço da Tijuca, na região entre a Barrinha e a Zona Sul, permanece estacionado sobre a região, provocando chuva em intensidade moderada a forte nesta região.
"Outros núcleos de chuva estão se formando também na Baía de Guanabara, próxima a Ilha do Governador, e também sobre a região do Centro do Rio, podendo provocar chuva fraca a moderada nas próximas horas. Há previsão de chuva fraca a moderada, com pancadas ocasionais de chuva forte em pontos isolados da cidade, nas próximas horas", diz o texto da prefeitura.
O Sistema de Alarme Sonoro da Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil acionou 10 sirenes em seis comunidades desde o fim da noite deste domingo, em decorrência das fortes chuvas que castigam a cidade do Rio de Janeiro.
De acordo com a prefeitura, as áreas de acionamento foram Barão (às 23h30), Comandante Luiz Souto (às 23h45) e Ignacio Dias (às 23h45), em Jacarepaguá; Chapéu Mangueira (às 6h15), no Leme; Babilônia (às 6h15), em Botafogo; e Cabritos (às 6h30), em Copacabana. As regiões mais afetados são Jacarepaguá, Barra da Tijuca e Zona Sul. Deslizamentos de terra foram registrados na Zona Norte do Rio e na Zona Sul de Niterói.
O órgão foi acionado para 18 chamados de solicitação de vistoria, sendo sete deles emergenciais por conta de deslizamentos e desabamentos. Qualquer pessoa pode receber mensagens da Defesa Civil por meio de adesão voluntária para ser alertado, em tempo real, sobre a ocorrência de chuvas fortes no local onde mora. O cadastro é simples, rápido e gratuito: o cidadão deve enviar o CEP da residência para o número 40199.
Secretário culpa maré alta por transtornos na Zona Sul
O secretário da Casa Civil municipal, Paulo Messina, culpou a maré alta no mar, associada ao grande volume de chuva, pelo caos que ficou a Zona Sul do Rio na manhã desta segunda-feira. De acordo com Messina, os transtornos da chuva do fim da noite de domingo e madrugada já tinham sido controlados, mas o grande volume que começou por volta das 5h na região da orla provocou os alagamentos e congestionamentos da manhã.
"Ontem às 23h40 da noite choveu muito forte em Tanque, Praça Seca, Jacarepaguá e Santa Cruz. E por volta das 3h tudo já estava controlado. Mas, infelizmente, por volta das 5h da manhã começou uma chuva muito forte na Zona Sul, e essa combinação da maré alta com o nível da Lagoa alto fez um estrago ali na região. O problema todo foi a chuva ter atingido na hora de rush. A chuva caiu mais forte na Zona Sul e justamente no período em que a maré tava alta, e a Lagoa estava cheia", disse o secretário.
De acordo com o chefe da Casa Civil, até 8h30 da manhã todas as demandas já haviam sido zeradas e foram registrados 25 bolsões de chuva. Moradores da Lagoa reclamaram que as comportas para liberar o volume de água não foram abertas, mas o secretário negou e explicou o que aconteceu.
"Não é tão simples assim de a Lagoa estar cheia, vamos abrir a comporta e jogar no mar. Ela é um ecossistema e temos que ter diversos cuidados, não pode abrir sem ter os cuidados que o pessoal da Rio Águas sabe ter. Ali tem diversos engenheiros que trabalham há décadas com isso e sabem a hora certa de abrir. Infelizmente, a gente pegou o momento do pico de chuva e da maré alta, tanto é que rapidamente a cidade se recuperou. Mas as comportas foram abertas", falou.
Messina também reforçou que a previsão de chuva modera a forte nas próximas horas. "Infelizmente, as chuvas retornaram agora. Temos previsão de continuar tendo núcleo de chuva moderada a forte ao longo do dia. Estamos com as equipes todas na rua, mobilizados. Estágio de atenção permanece até que a chuva passe", completou.