Major Alan de Luna Freire foi assassinado a tiros Severino Silva / Agência O Dia
Por Maria Inez Magalhães e Rafael Nascimento
Publicado 27/11/2018 15:09 | Atualizado 27/11/2018 17:55

Rio - A morte do major Alan de Luna Freire, de 40 anos, assassinado a tiros de fuzil na manhã de hoje no bairro Jardim Esplanada, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, pode ter sido ordenada por Antonio Eugênio de Souza, o Batoré, apontado pela polícia como o "matador" da quadrilha de Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, 39. Batoré teria feito as ameaças há há alguns dias ao policial.

As ameaças teriam começado na semana do dia 10, um dia após Luna e policiais do 17º BPM (Ilha do Governador), juntamente com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRFA) participarem de uma ação que dois seguranças de Guarabu foram mortos. Dias antes, Luna havia prendido integrantes da quadrilha do traficante, Morro do Dendê.

Luna foi assassinado por volta das 8h30. Os criminosos, que estariam em um Hyundai Elantra prata e uma moto, atiraram no veículo do major e fugiram. Pelo menos 24 disparos acertaram a carro do PM. Os tiros foram agrupados, todos perto da maçaneta da porta do motorista. De acordo com a DHBF, foram apreendidas várias cápsulas de fuzil calibre 762.

De acordo com o delegado Leandro Costa, da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), o carro não era blindado, como especulou-se logo após a execução, e todos os os tiros foram de fuzil calibre 762.

"Estamos buscando câmeras de segurança e fazendo diligências em busca de informações", disse o delegado, que completou: “Eles vieram para executá-lo. Agora, queremos saber quem mandou matá-lo. Ele foi atingido no braço e na lateral esquerda do corpo”, afirmou o policial.

Após o crime, vários parentes do major se encaminharam para o local do crime. A esposa do policial precisou receber atendimento médico ao saber da morte do marido. O casal e o único filho, de 3 anos, moravam no bairro há pouco mais de um ano e haviam chegado de viagem nesta segunda-feira.

"Ela precisou receber um medicamento na veia porque ficou muito nervosa. O filho é pequeno e amava o pai", disse uma moradora, que não quis se identificar. 

O major Luna era lotado no 17º BPM (Ilha) e estava na corporação há 17 anos. Ele deixa esposa e um filho de três anos. O enterro será nesta quarta-feira, às 14h, no Cemitério Parque Jardim de Mesquita, em Mesquita, na Baixada Fluminense. 

PM faz operação no Morro do Dendê 

Nesta tarde, horas depois do assassinato no major Alan de Luna, policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) iniciaram uma operação no Morro do Dendê, Ilha do Governador. De acordo com a corporação, até o momento não há registro de prisões ou apreensões na comunidade. 

 

 

 

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