Rio - O Natal é uma das festas mais importantes dos cristãos de todo o mundo. Afinal, marca o nascimento de Jesus Cristo em um manjedoura na cidade de Belém. Mas se para todos os católicos o dia 25 de dezembro marca a chegada do filho de Deus, é bom saber que nem sempre foi assim. Coube ao Papa Júlio I, no ano de 350, oficializar a data, pegando carona em uma celebração pagã, a Saturnália, comemorada entre os dias 17 e 25 de dezembro.
De acordo com o pesquisador e professor de etiqueta Alberto Sabino, nos primórdios das comemorações natalinas, a festa também celebrava o início do solstício de inverno. Hoje, contudo, o Natal tem como seus principais símbolos a família reunida, a mesa farta e trocas de presentes.
Ainda segundo Sabino, ao longo dos anos foram sendo incorporados uma série de outros símbolos e comidas. "A árvore de Natal tem origem na Alemanha, com São Bonifácio. Um pequeno pinheiro foi chamado por ele de 'árvore do Menino Jesus'. O presépio, que mostra o nascimento de Jesus, tem símbolos que determinam a origem modesta", comenta.
Conforme o pesquisador, o próprio Papai Noel também foi criado e aperfeiçoado ao longo dos séculos. "Sua origem seria São Nicolau, um bispo da Turquia muito bondoso, que ajudava as pessoas", ensina Sabino.
A própria roupa do Bom Velhinho, aliás, era, inicialmente, vermelha ou verde. Somente no século 19 é que passa a ser apenas na cor vermelha, graças ao cartunista Thomas Nast, em desenho de 1886. A popularização da vestimenta de Papai Noel nesta cor, no entanto, aconteceu com uma campanha feita pela marca de refrigerantes Coca Cola, no início da década de 1930.
Para o pesquisador, mesmo existindo conflitos entre ciência, história e a teologia, vale a mensagem do Natal. "Trazer um sentimento de solidariedade, paz e esperança", acredita Alberto Sabino.