Marcelo FreixoDaniel Castelo Branco / Agência O Dia
Por O Dia
Publicado 13/12/2018 17:36 | Atualizado 13/12/2018 18:28

Rio - A Polícia Civil do Rio descobriu que milicianos planejavam executar o deputado Marcelo Freixo (PSOL). Segundo um relatório, obtido pelo O Globo, o político seria morto no próximo sábado durante um encontro com militantes e professores da rede particular de ensino, no sindicato da categoria, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Por conta da ameaça, o evento foi cancelado. 

Ainda de acordo com o documento, um policial militar e dois comerciantes são apontados como participantes do plano. Eles são ligados a um grupo de milicianos da Zona Oeste, investigado pela Divisão de Homicídios (DH) pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março deste ano. Os suspeitos também possuem relação com controle de operações ilegais da máfia dos caça-níqueis e do jogo do bicho.

O relatório foi feito na quarta-feira (12) e policiais civis, militares, agentes da contrainteligência da Subsecretaria de Inteligência da  Secretaria de Segurança do Rio, além de promotores do Ministério Público estadual receberam cópias.

No Twitter, o deputado se pronunciou sobre o assunto. "No mês em que a CPI das Milícias completa 10 anos, voltei a ser ameaçado. A CPI foi um marco no combate ao crime: mais de 200 indiciados e principais chefes presos. Apresentamos 48 medidas para enfrentar a máfia, mas nada foi feito", disse. 

"O relatório da CPI é uma conquista porque é propositivo e indica caminhos p derrotarmos as milícias. Autoridades do Município, Estado e União receberam o documento, mas não avançamos. Milicianos continuam matando, ameaçando, tiranizando principalmente quem vive nas áreas mais pobres. Sou deputado estadual eleito e estou sendo ameaçado mais uma vez. Não é uma ameaça ao Freixo, mas à democracia. Não é uma questão pessoal, é muito mais que isso. A Zona Oeste está hoje sendo governada pelo crime. Desde 2008, quando presidi a CPI das Milícias, passei a contar com proteção policial por receber inúmeras ameaças concretas de morte. Apresentei medidas para o enfrentamento dos milicianos. O que foi feito? Nada", concluiu o parlamentar.

Você pode gostar

Publicidade

Últimas notícias