Rio - O deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), apresentaram moções de homenagens ao ex-PM Fabrício José Carlos de Queiroz, à Assembleia Legislativa do Rio e à Câmara municipal em 2003 e em 2006, respectivamente. Queiroz, ex-assessor de Flávio, foi citado, em 2018, em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em seu nome, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.
Em 24 de outubro de 2003, Flávio Bolsonaro pediu à Mesa Diretora da Assembleia que fosse consignado "nos Anais desta Casa de Leis, Moção de Louvor e Congratulações ao ilustre Sargento PM Fabrício José Carlos de Queiroz, lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Especiais".
Segundo o deputado, o PM tinha "vários anos de atividade" e desenvolvia "sua função com dedicação, brilhantismo e galhardia"
"Presta serviços à sociedade desempenhando com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas atividades. No decorrer de sua carreira, atuou direta e indiretamente em ações promotoras de segurança e tranquilidade para a sociedade, recebendo vários elogios curriculares consignados em seus assentamentos funcionais", afirmou Flávio, então parlamentar do PP.
"Imbuído de espírito comunitário, o que sempre pautou sua vida profissional, atua no cumprimento do seu dever de policial militar no atendimento ao cidadão. É com sentimento de orgulho e satisfação que presto esta homenagem ao Sargento PM Fabrício José Carlos de Queiroz , devendo receber desta Casa Legislativa a presente Moção de Louvor e Congratulações."
A Assembleia confirmou a homenagem. O Diário Oficial do Estado registrou a moção ao PM em edição do dia 4 de novembro de 2003, ocasião em que o deputado também condecorou outras 12 pessoas - soldados do Corpo de Bombeiros e sargentos e soldados da PM.
A medalha Pedro Ernesto, homenagem a Fabrício José Carlos de Queiroz, na Câmara dos Vereadores, foi aprovada pelo plenário da Casa em 4 de outubro de 2006, após requerimento de Carlos Bolsonaro. A premiação foi criada por meio da Resolução nº 40, em 20 de outubro de 1980.
"Ela é a principal homenagem que o Rio de Janeiro presta a quem mais se destaca na sociedade brasileira ou internacional. Recebeu esse nome em reconhecimento ao trabalho do prefeito Pedro Ernesto, e por isso, sua figura é estampada nas duas Medalhas que fazem parte do Conjunto. Uma presa ao colar e a outra para ser colocada na lapela do homenageado. Ambas são presas em uma fita de cores azul, vermelha e branca que são as cores da bandeira da cidade", informou a Câmara em seu site.
A reportagem fez contato com o gabinete de Flávio Bolsonaro e de Carlos Bolsonaro e aguarda manifestação.