Cães da raça pit-bull estavam em ambiente insalubre e havia um outro animal morto, em estado avançado de decomposiçãoDivulgação
Por O Dia
Publicado 19/12/2018 14:12 | Atualizado 19/12/2018 14:14

Rio - A Justiça do Rio mandou devolver quatro cães da raça pit-bull aos donos que foram acusados de maus-tratos. Desde que foram resgatados pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), em julho deste ano, os cachorros estavam em ONG que cuida de animais, que vai recorrer da decisão judicial.

Os quatro pit-bulls estavam no imóvel do casal, onde também foi encontrado um outro pit-bull morto em estado avançado de decomposição. A ONG Paraíso dos Focinhos, que cuidou dos animais, disse que eles estavam com várias doenças e com fome e sede. Somente com o tratamento foram gastos R$ 5.400, fora custos com ração.

"Durante todo este tempo preparamos os animais para que ficassem saudáveis física e psicologicamente, inclusive contratando adestrador para diminuir o trauma que passaram, tudo com objetivo de encaminhá-los para adoção, numa família amorosa e cuidadosa. Mas as leis definem os crimes contra animais como de menor potencial ofensivo. A pena para este de crime é mínima. Estamos torcendo que o Senado aprove a mudança que a Câmara dos Deputados já aprovou e aumente a pena atual", disse Hanriette Soares, presidente da ONG Paraíso dos Focinhos em Defesa e Cuidado dos Animais.

O advogado Vitor de Sá, que representa a organização, questionou a decisão judicial e corre contra o tempo para revertê-la. "Essa decisão, com todo respeito, fere o senso comum de justiça. Depois que tudo aconteceu os donos ainda vão receber de volta à guarda dos animais. Vamos tentar salvaguardar a vida desses animais", disse.

"A associação foi surpreendida com a ordem do juiz de Campo Grande determinando a devolução para seus donos, apesar da constatação de todo o tipo de maus tratos e sofrimento que eles foram submetidos. Vamos entrar com um processo criminal solicitando que seja reconsiderado essa decisão de entrega dos animais para seus donos e entraremos também com uma medida cível para garantir a associação a guarda e posse desses animais como garantia também de suas vidas, porque há risco de maus tratos e isso cause uma revolta da população contra eles”, explicou o defensor.

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