Pezão está envolvido na nova denúncia do MPRJReprodução / TV Globo
Por RAFAEL NASCIMENTO
Publicado 21/12/2018 16:53 | Atualizado 21/12/2018 16:53

Rio - Horas após as Forças Armadas e a Corregedoria da Polícia Militar encontrarem na cela do governador Luiz Fernando Pezão (MDB), na Unidade Prisional da PM, em Niterói, quantia em dinheiro que ultrapassa o limite de R$ 100 permitido por preso, o tenente-coronel Ronaldo Martins, diretor da unidade, ainda não informou se o governador será ou não punido pelas irregularidades.

Na cela de Pezão, foram encontrados 70 euros (cerca de R$ 309), 36 dólares (R$ 139), 6 mil pesos colombianos (R$ 7,20) e R$ 14,01 em moeda chinesa (Yuan). Convertidos em reais, esses valores totalizam R$ 469,73 — o diretor da unidade, o tenente-coronel Ronaldo Martins, não informa se o governador será ou não punido pelas irregularidades.

Pezão estava com quase cinco vezes o valor permitido. Cada preso só pode ter R$ 100 dentro da cela. Alvo da Polícia Federal (PF) e preso desde o último dia 29, o emedebista é acusado de desviar milhões de reais dos cofres públicos para benefício próprio. Ele foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF).

O DIA apurou que as Forças Armadas estão de olho na Unidade Prisional por suspeitas de facilidades nas entradas de matérias proibidos e possíveis facilidades na carceragem. Na inspeção desta sexta-feira, os militares encontraram uma tesoura, seringas descartáveis e caixas de medicamentos em outras celas. Também foram encontrados sete celulares nas celas de outros presos. De acordo com fontes ouvidas pelo DIA, os aparelhos estavam em uma área comum de todos os detentos — enterrados nos fundos da cadeia, fora das celas. Os telefones foram localizados com o auxílio de equipamentos que detectam metais. No começo do mês, a Corregedoria da PM já havia feito outras duas inspeções na unidade, mas nenhuma irregularidade havia sido encontrada. O caso está sendo registrado na 4ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPMJ), em Niterói.

A reportagem tentou uma entrevista com o tenente-coronel Ronaldo Martins. Entretanto, ele negou-se a falar.

 

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