
Rio - O chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo Nunes, tomou posse na manhã desta quarta-feira. A cerimônia, na Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, contou com a presença dos secretários da Polícia Militar, o coronel Rogério Figueiredo, e o da Civil, Marcus Vinícius Braga. O novo departamento dá lugar a agora extinta Divisão de Homicídios.
Antônio Ricardo Nunes assume a titularidade no lugar do delegado Fabio Cardoso, que comandava a extinta Divisão de Homicídios. Cardoso será delegado adjunto na subsecretaria operacional da Polícia Civil.
Durante a cerimônia de posse, o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes prometeu empenho. “Eu trabalho 24 horas, e a sociedade pode ter certeza que aqui vocês terão um cão de guarda”, disse. Ele prometeu melhorias na busca de desaparecidos, como uma delegacia na Baixada Fluminense, e que o combate às milícias será intenso no departamento.
“A milícia vai ter a resposta que merece, e além disso nós vamos em cima do fluxo financeiro dessas quadrilhas. Isso é muito importante para retirar essas organizações de circulação de todas as formas”, disse Antônio Ricardo.
O secretário da Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga disse que a criação do novo departamento, que substituirá a Divisão de Homicídios, é um marco para a Polícia Civil. "Os resultados serão vistos e vocês poderão conferir", declarou.
O secretário explica que escolheu Antônio Ricardo Nunes para o departamento por causa de sua experiência na elucidação de homicídios. "O Nunes amava investigar homicídio e solucioná-los quando passou por outras delegacias de bairro. Ele sempre quis dar Justiça e trabalhou o crime de homicídios. É o mais indicado para assumir esse desafio enorme", diz.
Braga comentou a mudança na estrutura da Polícia com o novo departamento. "Não vem apenas na mudança de nome. Virará um departamento, terá exclusividade total sem qualquer degrau em relação à hierarquia e terá mais autonomia. Um dos objetivos é a criação de duas delegacias (Sul e Norte Fluminense). Nunes está renunciando à sua família para cuidar das famílias dos outros”.
O delegado Fábio Cardoso passou por várias Delegacias de Homicídios do Estado do Rio nos últimos seis anos. Ele destacou o trabalho dos delegados das DHs .
“A DH passou por algumas mudanças desde o tempo que cheguei. Agradeço a oportunidade, pois é um aprendizado para a vida. Desde março de 2013 até hoje foi um aprendizado. Não lidamos apenas com assassinos. Temos que saber lidar com parentes e amigos que perderam um ente querido. Eles têm que confiar na gente para a investigação andar. Saber se aproximar dos familiares é importante. Quero agradecer a oportunidade de trabalhar aqui e gerir as três delegacias (durante a intervenção federal). Trabalhamos e contamos com o apoio da Polícia Militar e de vários órgãos”, declara.

Os delegados das DHs Bárbara Lomba (DH de Niterói), Giniton Lages (DH capital) e Daniel Rosa (DHBF) também participaram da posse.

Mudanças na Divisão de Homicídios são temporariamente suspensas
As mudanças nas delegacias de homicídios continuam suspensas por causa do caso Marielle Franco, que ainda não foi elucidado. A nova gestão optou por não mudar as equipes para que a investigação continue do ponto onde está, uma vez que já há indícios dos executores e do mandante dos assassinatos. Mudando o trabalho de mãos o crime levaria mais tempo para ser elucidado. O inquérito tem 18 volumes com 250 páginas cada.
Portanto, permanece à frente dessa investigação e da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) o delegado Giniton Lages. O pedido para manter as equipes nas especializadas foi do delegado Antônio Ricardo Nunes, novo diretor do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP) ao secretário da Polícia Civil Marcus Vinícius Braga. O DGHPP é antiga Divisão de Homicídios, que foi dirigida pelo delegado Fábio Cardoso.