Alunos da rede municipal voltam às aulas nesta quinta-feira e receberão água mineral  - Estefan Radovicz / Arquivo
Alunos da rede municipal voltam às aulas nesta quinta-feira e receberão água mineral Estefan Radovicz / Arquivo
Por O Dia

Rio - O prefeito Marcelo Crivella determinou, nesta segunda-feira, que sejam feitos novos estudos e discussões prévias com a comunidade escolar e pais de alunos antes de qualquer alteração na matriz curricular da rede municipal de educação. A medida foi anunciada após a Prefeitura reduzir, a duas semanas do início das aulas, e sem debater a medida, a carga horária das disciplinas Português e Matemática para dar lugar a matéria Sustentabilidade Cidadã na grade curricular de alunos do ensino fundamental. A resolução foi publicada no Diário Oficial, na última quinta-feira (17). 

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que nesta segunda houve uma reunião com um grupo de coordenadores para debater o assunto. "Amanhã, diretores de escolas serão ouvidos. Em seguida, será a vez do Conselho de Responsáveis. No dia 1 º de fevereiro, a conversa será com os professores", complementa o comunicado. Entretanto, não foi informado se a resolução foi ou será revogada. A previsão é que os alunos das escolas municipais retornem às aulas no dia 1° de fevereiro. 

O Sindicato Estadual dos profissionais de educação do Rio de Janeiro (SEPE-RJ) se manifestou sobre o caso e afirmou que a resolução foi publicada sem "um amplo debate com a categoria". "Lamentamos que as mudanças definidas pela Resolução não tenham sido precedidas de um amplo debate com a categoria, visto que as mesmas interferem diretamente o processo de aprendizagem dos estudantes, o andamento das unidades escolares e sua comunidade e a vida funcional de professores e funcionários", informou o Sepe.

"É fundamental também o esclarecimento no que diz respeito ao currículo da nova disciplina, denominada Sustentabilidade Cidadã. Os profissionais da rede não participaram da sua construção curricular, e desconhecem quais professores irão regê-la. A criação da mesma, ao ocasionar perdas nas matrizes curriculares de Matemática e Língua Portuguesa nas escolas de turnos parciais, está sendo questionada pela categoria", diz outro trecho da nota enviada pelo sindicato. 

 

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