Rio - O Corpo de Bombeiros do Rio enviou, na madrugada desta quarta-feira, novas equipes que vão ajudar nos trabalhos de resgate de vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Eles irão substituir os 41 militares que estão na região desde o último sábado.
"Nossos homens saíram daqui, hoje, com a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho que vem sendo feito em Brumadinho desde sábado. Menos de 24 horas após a tragédia, já estávamos atuando na região, em apoio aos nossos irmãos do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais. É uma honra fazer parte de uma missão como esta. Enviamos o que temos de melhor, em termos de pessoal e de equipamentos, para ajudar na operação", afirmou o coronel Roberto Robadey Jr, secretário de Estado de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.
A força-tarefa do Rio de Janeiro na cidade mineira conta ainda com uma aeronave, nove viaturas e três cães farejadores. O apoio na operação foi oferecido pelo governador Wilson Witzel, ainda na sexta-feira.
Drama acende alerta no Rio
O drama causado pela tragédia anunciada em Brumadinho acendeu o alerta no estado do Rio. Nesta segunda-feira, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS) criou um grupo multidisciplinar de estudos, composto por técnicos e especialistas do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), DRM (Departamento de Recursos Minerais) e SEAS, para atualizar o diagnóstico da situação das barragens do Estado e criar critérios para regulamentar os licenciamentos.
Em território fluminense, há 29 barramentos de água contabilizados pela SEAS e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão encarregado de fiscalizar a segurança dessas estruturas. Desse total, 12 barragens foram vistoriadas e definidas como prioritárias e seis apresentam um alto Dano Potencial Associado (DPA) - um nível de risco de prejuízos mais elevados, em caso de um eventual acidente -, entre elas as de Saracuruna, Juturnaíba, Rio Imbuí-UT Triunfo, Lago Javary e Gericinó.
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