Material apreendido seria levado em lixeiras para dentro do Batalhão Especial Prisional (BEP) - Divulgação
Material apreendido seria levado em lixeiras para dentro do Batalhão Especial Prisional (BEP)Divulgação
Por Maria Luisa de Melo

A soldado Camila Soares Lima, presa no último sábado, depois de ser flagrada tentando facilitar a entrada de itens de churrasco na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, aguarda audiência de custódia. Após sua apresentação ao juiz, que deve acontecer entre segunda e terça-feira, ela pode até ser liberada da carceragem e aguardar julgamento em liberdade, se o magistrado entender que não há necessidade de mantê-la detida.

Depois de ser presa, enquanto acompanhava dois presos "faxinas" (responsáveis pela limpeza da unidade), Camila foi levada para depor na 4ª DPJM (Delegacia de Polícia Judiciária Militar), no Centro de Niterói. Sua prisão foi feita em flagrante por agentes da Corregedoria da Polícia Militar.

Isso porque a policial foi surpreendida exatamente no momento em que os presos, sob sua supervisão, levavam churrasqueira, vinho, latas de cerveja e utensílios de churrasco do estacionamento para o portão principal da unidade, dentro de lixeiras. Tudo sob sua supervisão.

Os outros dois soldados envolvidos no caso também prestaram depoimento e depois foram reconduzidos à unidade prisional. 

PM e outros dois policiais já presos foram surpreendidos por agentes da Corregedoria - Reprodução de vídeo

Neste domingo, pela manhã, a soldado Camila recebeu a visita de seu primo, que é advogado. Conforme prevê a legislação, os presos podem receber seus advogados no parlatório da unidade. 

A Unidade Prisional é destinada a PMs acautelados, mas também recebe alguns civis mediante determinação judicial. É o caso do ex-governador Luiz Fernando Pezão, civil detido ali desde novembro do ano passado. Atualmente, a unidade conta com 242 presos - sendo sete civis. Entre eles estão Pezão, um delegado, três advogados e dois ex-PMs.

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